Estudante ferido em ataque em escola de Medianeira é internado em Curitiba
- 29/09/2018
O estudante Bruno Raphael
Facundo, de 15 anos, ferido durante um ataque a uma ao Colégio Estadual João
Manoel Mondrone, em Medianeira, no oeste do Paraná, chegou por volta das 20h
desta sexta-feira (28) ao Hospital do Trabalhador, em Curitiba.
Ele estava internado no Hospital
Municipal de Foz do Iguaçu e aguardava a transferência para uma unidade de alta
complexidade, onde deverá passar por uma cirurgia para a retirada de uma bala
que está alojada perto da coluna vertebral.
O hospital na capital é
referência no atendimento a traumas. O menino seguiu de Foz do Iguaçu
acompanhado pela mãe em um avião do Samu.
“A bala afetou a coluna
vertebral. Graças a Deus não houve lesão mais séria, mas a bala está alojada
lá. Temos informações de que pode evoluir para um quadro ruim. Precisa de uma
intervenção cirúrgica para a retirada do projétil, que está ainda comprimindo a
coluna dele”, contou o pai, Éder Facundo.
Outro aluno, de 18 anos, foi
atingido de raspão em uma das pernas. Ele foi atendido e liberado.
Ataque
Segundo a polícia, dois alunos
ficaram feridos, um deles, de 15 anos, gravemente, com um tiro nas costas,
próximo à coluna vertebral. Ele foi transferido para o Hospital Municipal de
Foz do Iguaçu.
O outro, de 18 anos, foi atingido
de raspão em uma das pernas. Ele foi encaminhado ao hospital, recebeu um
curativo e liberado.
O suspeito e outro adolescente,
também de 15 anos e que supostamente dava cobertura ao atirador, foram apreendidos
e levados para a delegacia.
No início da noite eles foram
levados para a Vara de Infância e Juventude, no Fórum Estadual, onde deve ser
definido para onde serão transferidos.
No momento do ataque, houve
tumulto e correria. Veja o vídeo acima.
Policiais militares informaram
que quando chegaram ao colégio os adolescentes, que tentaram se esconder em uma
sala no segundo andar de um dos pavilhões, jogaram um explosivo no pátio e
atiraram contra os agentes.
Em seguida, os policiais
invadiram a sala onde os dois estavam e os renderam.
Aos agentes, o estudante, filho
de agricultores, disse que vinha sofrendo bullying, que tinha ao menos nove
alvos e que saiu de casa decidido a praticar o ataque, planejado desde julho.
Com os dois foram apreendidos um revólver calibre 22, munição e uma faca.
Armas e pedido de desculpas
De acordo com a polícia, uma
carta com pedido de desculpas foi encontrada no material escolar dos suspeitos,
além de recortes com notícias de ataques em escolas dos Estados Unidos e do
Brasil. No celular de um deles também foram encontrados vídeos de violência.
Na casa do atirador, policiais
encontraram mais armas, facas e bombas caseiras.
Os pais dos dois adolescentes
também foram levados à delegacia para prestar esclarecimentos.
O pai do atirador disse que está
muito preocupado com as alunos que ficaram feridos.
Ele será autuado por porte ilegal
de arma e omissão de cautela, segundo o delegado Dênis Zortéa Merino, que cuida
do caso.
"A arma era do pai. Ele
guardava em um local que o guri também sabia. A princípio, em razão das armas,
vou atuar em flagrante pela posse irregular de arma de fogo e pela omissão de
cautela na guarda da arma de fogo. Todo adulto que tem uma arma de folga tem a
obrigação de guardar, mesmo que irregular", explicou o delegado.
Os menores devem responder por
dupla tentativa de homicídio.
Por conta do ataque, as aulas no Colégio Estadual João Manoel Mondrone foram suspensas até segunda-feira (30).
G1
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