Investigação sobre acidente que matou 21 pessoas não foi concluída
- 13/09/2018
Um ano após a Justiça determinar
a reabertura das investigações sobre o acidente entre um ônibus e um caminhão,
que deixou 21 mortos, na PR-323, em Cafezal do Sul, no noroeste do Paraná, o
caso não foi concluído.
Outras dez pessoas ficaram
feridas no acidente, que envolveu um caminhão de uma empresa de laticínios e um
ônibus da Secretaria de Saúde de Altônia, também no noroeste do estado. A
batida aconteceu em 31 de outubro de 2016, entre Cafezal do Sul e Iporã.
Em 2017, a Polícia Civil de Iporã
concluiu, com base na perícia, que o caminhão da empresa havia invadido a pista
contrária. No laudo, o motorista do caminhão foi responsabilizado pelo
acidente.
O Ministério Público do Paraná
(MP-PR) pediu à Justiça que o caso fosse arquivado, já que o motorista do
caminhão foi um dos mortos no acidente. No entanto, em 12 de setembro de 2017,
o juiz José Guilherme Xavier Milanezi – na época da Vara Criminal de Iporã –
considerou que os fatos não tinham sido suficientemente esclarecidos, e
indeferiu o arquivamento do processo.
Em novembro do ano passado, o
MP-PR solicitou à Polícia Civil de Iporã novas investigações, incluindo a reconstituição
do acidente, novas oitivas com testemunhas e a produção de um novo laudo
pericial.
De acordo com a Polícia Civil,
parte das investigações já foi refeita, e falta apenas a reconstituição dos
fatos. No entanto, segundo a polícia, há dificuldades para o procedimento, já
que a rodovia é muito movimentada. A polícia também informou que não há um
prazo para que a reconstituição seja realizada.
A Polícia Rodoviária Estadual
(PRE) e o Departamento de Estradas de Rodagem do Paraná (DER-PR) devem auxiliar
na reconstituição. Uma via alternativa deve ser oferecida como desvio aos
motoristas no dia do procedimento, segundo a polícia, já que o tráfego deverá
ser totalmente interrompido.
O Código de Processo Penal
determina que um inquérito policial seja concluído em 30 dias quando não há
suspeito preso. Os delegados, no entanto, podem pedir um prazo maior para
elucidar o caso – o que normalmente acontece.
O MP-PR diz que aguarda as investigações da Polícia Civil e que está tomando as medidas necessárias para que o caso seja concluído. A Polícia Civil diz que trabalha dentro do prazo estipulado para o MP-PR.
G1 Paraná
Ficou sabendo de algo? Envie sua notícia no WhatsApp Xeretando (45)99824-7874
0 Comentários