Energia solar fez granja diminuir custos de eletricidade em 40%
- 27/08/2018
A conta de luz subiu mais de 13%
no primeiro semestre deste ano, quatro vezes mais do que a inflação para o
período. Para driblar esse cenário, produtores estão investindo em energias
limpas. Esse é o caso da empresa na qual Otávio Segatto é sócio-diretor. Em
dois hectares arrendados na zona rural do Distrito Federal, estão mais de três
mil placas de captação da luz solar, gerando energia suficiente para abastecer
880 residências.
“Existe um grande benefício do
valor do arrendamento, pois é acima do praticado no mercado. E há outro ganho:
a qualidade da energia para a propriedade e para a região, que fica mais
estável também”, conta.
Na propriedade onde a usina foi
instalada, predomina a produção de aves. A demanda por eletricidade é grande,
principalmente para climatização das granjas. A economia média é estimada em
40%.
Segundo Segatto, o outro
benefício é o consumo de energia limpa, que não gera resíduos nem ruídos. “Além
disso, o cliente não paga bandeiras tarifárias”, diz.
A alternativa é promissora, mas
não é compatível com todas as atividades. Na propriedade foram R$ 6 milhões de
investimento. O presidente do sindicato rural de Brasília, Geovane Muller, diz
que o preço e a dificuldade de financiamento dificultam a adoção do sistema.
Muller diz que a geração de
energia fotovoltaica para abastecer um pivô, por exemplo, pode não compensar,
porque a irrigação geralmente é feita nos horários em que as tarifas elétricas
são mais baixas. “Se eu tivesse que pagar tarifa cheia, com certeza só a conta
de energia inviabilizaria o negócio. Justamente por ter um valor do quilowatt
mais barato, o tempo de retorno financeiro fica um pouco maior”, diz.
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