Bruna Surfistinha quer ser vereadora: “Sou anti-Bolsonaro”

  • 24/02/2020

Todo eleitor tem o político que merece. Enquanto alguns eleitores se informam sobre o histórico e as propostas de seus candidatos, outros escolhem rostos conhecidos, mesmo que jamais tenham se relacionado com política. É o caso de Raquel Pacheco, conhecida pelo “apelido” Bruna surfistinha, que ela utilizava quando era garota de programa, e que manteve após ficar se tornar uma figura pública.

Em entrevista ao Estado de São Paulo, a ex-prostituta revelou que é pré-candidata pelo Partido Liberal de São Paulo para concorrer a vereadora, e que está bastante propensa a aceitar o convite. Contudo, Raquel não possui nenhum conhecimento sobre política, o que ela própria admite na entrevista. Ela não apresenta qualquer exemplo entre os nomes atuais ou os históricos que revelem mais sobre seu espectro político. Apenas soube se identificar como “anti-Bolsonaro”.

Infelizmente, mesmo sem demonstrar uma base sólida de conhecimento político, as chances de que “Bruna Surfistinha” ocupe uma cadeira na Câmara de Vereadores de São Paulo são altas. Celebridades na políticas são um fenômeno bastante comum. Embora algumas já tragam uma bagagem política que as permita realizar excelentes trabalhos, outras possuem apenas um rosto conhecido, que se perde no meio dos projetos de Lei, fazendo pouco ou quase nada, e das quais ninguém lembra depois.

Veja alguns nomes:

Em 2008, o cantor de pagode José de Paula Neto, conhecido como Netinho de Paula, começou sua carreira política como vereador pelo PCdoB de São Paulo. O cantor seguiu na vida política envolvido em fortes polêmicas, como o caso de agressão à ex-mulher, e o de infidelidade partidária. Em 2012, se candidatou para prefeito da capital paulista, mas desistiu para apoiar a candidatura de Fernando Haddad, sendo posteriormente escolhido para a Secretaria de Promoção da Igualdade Racial.

Em 2010, o humorista Francisco Everardo “Tiririca” Oliveira Silva foi o mais votado por São Paulo, com 1,35 milhão de votos. Já em 2014, teve 1,01 milhão de votos e ficou em segundo lugar, atrás de Celso Russomanno (PRB-SP). No fim de 2017, o artista chegou a dizer cumpriria seu mandato até o final, mas não tentaria reeleição por “com vergonha”, decepcionado com os colegas e com a política brasileira. Contudo, o parlamentar está em seu terceiro mandato e sendo investigado pelo Ministério Público Federal por uso irregular da verba de gabinete.

Também em 2010, o ex-jogador e ídolo do Corinthians, Marcelinho Carioca, começou sua carreira na política, quando foi suplente de deputado federal. Em 2012 e 2014, perdeu as eleições para vereador e deputado estadual e acabou tomando posse na Câmara quando o deputado Márcio França se licenciou em 2015. Nas eleições de 2016, não conseguiu se eleger vereador pelo PRB de São Paulo. Por fim, em 2016, Thammy Miranda foi candidato a vereador pelo PP na cidade de São Paulo. O filho da cantora Gretchen teve 12.408 votos e não conseguiu se eleger. 

Com inf, MBL News | Foto: Reprodução.

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