Sergio Moro critica soltura de Lula, diz que fica no governo e apoia reeleição de Bolsonaro

• 28/01/2020

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, participou nesta segunda-feira (27 de janeiro) do programa de humor "Pânico", da rádio Jovem Pan, e comentou sobre assuntos diversos da política brasileira. Na conversa, criticou a soltura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, condenado no âmbito da Lava Jato pelo próprio Moro, e ainda garantiu que permanecerá no governo em 2020 e que em 2022 irá apoiar a reeleição de Jair Bolsonaro.

Em tom de brincadeira, Moro afirmou que "é o segundo Dia do Fico", em alusão ao episódio da historia brasileira em que Dom Pedro 1º recusou-se a voltar para Portugal para ficar como imperador do Brasil.

Na semana passada, a relação entre Bolsonaro e Moro ficou estremecida após o presidente articular o desmembramento do 'superministério' de Moro. A ideia era deixar o ex-juiz como Ministro da Justiça, entregando a Segurança Pública para um outro ministro. Nos bastidores, diz-se que se a medida fosse efetivada, Sergio Moro poderia abandonar o governo.

Já na entrevista de hoje, Moro afirmou que apoiará Bolsonaro em 2020 por uma "questão de lealdade". Com relação ao desmembramento de seu ministério, disse apenas "não acho a ideia boa", alegando que os ministérios são mais fortes juntos.

Sobre Lula, o ex-juiz federal disse que o correto era o ex-presidente "tersaído após ter cumprido a pena". Ele também defendeu a prisão após condenação em segunda instância e disse ser favorável a uma alteração na Constituição que vá nesse sentido.

Por fim, questionado sobre a possibilidade de ser nomeado para o Supremo Tribunal Federal, ocupando as vagas de Celso de Mello ou Marco Aurélio Mello, que se aposentam nos próximos anos, Moro admitiu que é "uma perspectiva interessante", mas ressaltou que cabe ao presidente da República decidir quem será indicado e ressaltou que há outros nomes tão qualificados quanto ele próprio para assumirem uma cadeira no STF.

Com inf, Bem Paraná | Foto: Antonio Cruz/ Agência Brasil

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