Com Olimpíada, Ítalo Ferreira diz que surfe destrói imagem de esporte para 'vagabundo'
- 24/01/2020
Recém-coroado campeão mundial de surfe, o potiguar Ítalo Ferreira disparou várias manobras aéreas em uma manhã de quarta-feira na famosa praia do Leblon, no Rio de Janeiro. Na areia, dezenas de jovens torcedores aplaudiam e gritavam enquanto o surfista de fala mansa exibia seu repertório sobre as ondas. A maioria estava lá —os pais inclusive— para uma clínica de skimboard, modalidade em que os adeptos se concentram em pequenas ondas.
Para Ítalo, um dos dois surfistas que representarão o Brasil na estreia olímpica do esporte em Tóquio, cenas como essa ajudam a explicar como o esporte, após décadas de tentativas, finalmente conseguiu uma vaga nos Jogos. “Sem dúvida isso é algo gigantesco para o esporte. Alguns anos atrás era um esporte de vagabundo”, disse ele em entrevista à Reuters, depois de sair da água, assinar autógrafos e tirar fotos com os fãs.
“Mas hoje em dia as pessoas levam seus filhos para praia, colocam seus filhos em escolinhas de surfe para que eles possam ter um esporte saudável... acho que todos que competem no circuito mundial quebraram essas barreiras, esse preconceito geral”, acrescentou.
Para Ítalo, o foco agora será conquistar uma medalha para um país apaixonado pelo surfe. As ondas no Japão têm características semelhantes às do Nordeste, disse o surfista, o que significa que ele pode ter uma vantagem. Ele colocou o Brasil entre os principais candidatos ao pódio olímpico.
“Acho que o Brasil tem grandes chances de trazer o ouro. Eu não sei como podem ser as chaves de baterias, mas pode ser que tenha ouro e prata, sim, sem dúvida. Então espero poder estar no pódio, e especialmente com o ouro”, afirmou.
Além de Ítalo, o Brasil também será representado na disputa olímpica do surfe por Gabriel Medina, que foi campeão mundial em 2014 e 2018.
Com inf, Gram Slattery e Sergio Queiroz, Reuters | Foto: WSL
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