Pais de universitário morto em assalto dizem que perdoam o assassino
- 03/06/2018
Os pais do estudante universitário Jorge José de Souza Faria de 21 anos, cederam uma entrevista exclusiva na tarde deste sábado (2) ao programa Tribuna da Massa.
Bastante abalados, Sirlei e Flávio relataram que o filho saiu de Foz do Iguaçu para fazer faculdade na UTFPR onde estava no último ano do curso de Engenharia Civil.
Jorge era um filho e estudante exemplar. De família humilde, o rapaz tinha uma fé inabalável. Em um dos assaltos que ele sofreu na capital paranaense disse para o assaltante que rezaria para que ele pudesse sair dessa vida. Emocionado o bandido ainda quis dividir o dinheiro que levaria no roubo, mas Jorge disse que ele poderia levar tudo pois precisava mais que ele.
Jorge já havia sofrido dois outros roubos em Curitiba antes do terceiro que aconteceu na última quarta-feira (30) que tirou sua vida. Ele sempre retornava do estágio até a Casa do Estudante onde residia a pé, para economizar o dinheiro do ônibus. Um detalhe que chamou a atenção é que nesta semana no grupo de Whatsapp de amigos ele fez um pedido para que mediante a greve do ônibus, o banco de sangue estava com pouco estoque e que ele iria fazer uma doação.
Em entrevista Sirlei disse que mesmo com a perda do filho, ela perdoa o assassino, mas quer que ele seja retirado das ruas para que não mate mais ninguém.
Na tarde do dia 30, Jorge foi abordado no bairro São Francisco em Curitiba por um bandido armado com uma faca. O estudante se assustou e tentou fugir, foi esfaqueado na barriga e morreu pouco depois de dar entrada no hospital.
A Delegacia de Furtos e Roubos rapidamente já desempenhou uma força tarefa com intuito de identificar e prender o autor do latrocínio. Imagens de câmeras de segurança conseguiram registrar os momentos que antecederam o crime e o momento em que o estudante é abordado.
Quem tiver qualquer informação sobre o autor do crime, pode denunciar de forma anônima nos números (41) 3218-6100 ou pelo Whatsapp (41) 99281-7392. Sua identidade será mantida no mais absoluto sigilo.
JOÃO CARLOS FRIGÉRIO
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