Assembleia faz ‘maratona’ para limpar a pauta de 2019

  • 18/12/2019

A Assembleia Legislativa deve encerrar nesta quarta-feira (18) os trabalhos de 2019 após uma “maratona” de votações para limpar a pauta de final de ano. Só ontem foram duas sessões consecutivas, com mais de 40 propostas, boa parte delas encaminhadas pelo governo à Casa nos últimos dias, às vésperas do início do recesso. Muitos deputados, inclusive da base de apoio ao governo, reclamaram do excesso de matérias enviadas pelo Executivo, com pedidos de votação em regime de urgência para acelerar as votações. O líder do governo na Casa, deputado Hussein Bakri (PSD), admitiu o problema e prometeu levar a questão ao Executivo para que ele seja corrigido em 2020.

Dos mais de 40 projetos em pauta ontem, por exemplo, 14 se referiam a doações de imóveis do Estado a municípios ou estadualização de rodovias. Presidente da Comissão de Obras Públicas, Transportes e Comunicação do Legislativo, o deputado Tião Medeiros (PTB), que integra a base governista na Casa, cobrou do Executivo que esse tipo de matéria seja encaminhada com maior antecedência. Ele reclamou ainda que muitos projetos foram enviados à Assembleia nos últimos dias sem os documentos necessários para a análise dos parlamentares.

A queixa foi repetida por vários parlamentares na segunda reunião extraordinária da Comissão de Constituição e Justiça realizada após as sessões do plenário, também para dar conta do volume de projetos ainda em tramitação no final do ano. “Não dá pra votar no ano que vem os projetos como foram votados este ano, sem discutir”, disse o deputado Evandro Araújo (PSC), que também integra a base do governo. 

Outro problema apontado pelos parlamentares foi o excesso de projetos com pedidos de regime de urgência encaminhados pelo Executivo nos últimos dias. Araújo lembrou que o compromisso da liderança governista na Casa no início do ano era de que esse tipo de regime seria uma exceção, e que os deputados teriam tempo para analisar e discutir as propostas do governo. “Ultimamente os pedidos de regime de urgência têm sido a regra”, disse o parlamentar do PSC.

Sem ‘tratoraço’

O líder da bancada do governo reconheceu a situação e prometeu trabalhar para mudá-la no ano que vem. “Houve sim. O princípio básico para corrigir é admitir”, disse Bakri. “Estamos no primeiro ano de liderança. Nós não somos adeptos do ‘tratoraço’”, garantiu, “Vamos trabalhar no ano que vem que essa urgência ela não seja regra, seja exceção”, assegurou Bakri.

Com inf, Bem Paraná | Foto: Orlando Kissner/Alep

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