‘Maior problema do governo do Paraná é previdência’, diz secretário da Fazenda

  • 01/10/2019

O secretário de Estado da Fazenda, Renê Garcia Júnior, afirmou ontem em audiência pública de prestação de contas do segundo trimestre de 2019, na Assembleia Legislativa, que o crescimento dos gastos com aposentados e pensionistas é o maior problema do governo paranaense hoje. Segundo ele, as despesas com servidores inativos cresceu 13% nos primeiros oito meses do ano em comparação com o mesmo período do ano passado, e seguem em trajetória crescente.

“Problema principal do Estado do Paraná é a evolução e a trajetória das despesas previdenciárias”, destacou Garcia Jr, afirmando que a situação é “explosiva”, e foi agravada pela corrida motivada pela reforma da previdência em discussão no Congresso Nacional. De acordo com o secretário, 1 mil servidores a mais do que o esperado pediram aposentadoria com medo da reforma.

Segundo Garcia Jr, o Paraná também não deve esperar ajuda do governo federal, cujas transferências ao Estado vem caindo. “Não contem com o governo federal. O governo federal não é uma fonte estável de recursos, seja para custeio, seja para investimento”, alegou.

Reajuste - O secretário defendeu, também, a proposta do governo de parcelar em quatro vezes até 2022, o reajuste salarial dos servidores do Executivo, de 5,08%, com o pagamento de 2% em janeiro do ano que vem; 1,5% em janeiro de 2021 e mais 1,5% em janeiro de 2022. O pagamento dos dois últimos índices está condicionado ao aumento da arrecadação. O funcionalismo, que está com os salários congelados desde 2016, e acumula perdas inflácionárias de 17%, reivindicava a reposição integral, de 4,94%, sem parcelamento.

Renê Garcia Jr defendeu a proposta do governo federal de acabar com a vinculação dos salários dos servidores públicos à inflação. “O governo federal vai acabar com a indexação da economia. Inflação é mau, é um imposto. Ninguém é protegido pela inflação”, disse.

O deputado estadual Professor Lemos (PT) rebateu Garcia Jr, afirmando que os gastos com pessoal nos primeiros oito meses ficaram em 44,51% da receita corrente, abaixo dos limites legais. “Houve queda na despesa com pessoal e há margem financeira para atender ao servidor do Executivo”, defendeu Lemos.

Com inf, Bem Paraná | Foto: Dálie Felberg/Alep

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