Oito cidades do Paraná terão manifestação contra governo Bolsonaro no dia 13
- 09/08/2019
Contra cortes na educação, em defesa da autonomia universitária e contra o projeto Future-se do Ministério da Educação, a União Nacional dos Estudantes (UNE) está convocando manifestação para a próxima terça-feira (13) em todo o País. O movimento conta com apoio de centrais sindicais, como a Central Única dos Trabalhadores (CUT), que inclui na pauta críticas à reforma da previdência. Diversos outros movimentos sociais devem participar, em uma ação generalizada contra posições do governo federal consideradas danosas ao meio ambiente, a direitos trabalhistas, direitos humanos e de minirias, bem como um protesto contra declarações e posturas polêmicas do presidente Jair Bolsonaro.
Além de Curitiba, outras sete cidades do Paraná foram incluídas na lista de atos confirmados na mobilização nacional chamada de #13A. Na capital paranaense, o concentração deve começar a partir das 17 horas, na Praça Santos Andrade, em frente ao prédio histórico da Universidade Federal do Paraná (UFPR). Pato Branco, Cornélio Procópio, Cascavel, Telêmaco Borba, Campo Largo e União da vitória estão na lista de cidades paranaenses com atos confirmados.
Grupos distintos, como centrais sindicais, movimentos populares, estudantes e outros coletivos, organizavam atos contra o governo para a mesma data. Uma reunião na última semana unificou a pauta.
“Começamos com quatro ou mais grupos organizando o mesmo ato, mas na última sexta-feira, em reunião no edifício Dom Pedro II, na Reitoria da UFPR, a organização foi unificada. As centrais se organizam em comitê, mas o movimento estudantil tinha as próprias linhas e agora conseguiram um entendimento”, conta um dos integrantes do coletivo Educar e Resistir, o educador Rodrigo Tomazini.
Ficou decidido na reunião que haverá uma passeata a partir da Praça Santos Andrade às 19 horas em direção à Boca Maldita, no Calçadão da Rua XV de Novembro. “Das cinco às seis são atividades culturais, das 6 horas às 7 horas a concentração, com alguns discursos e depois das 7 horas uma passeata”, afirma Tomazini.
Divergências
Embora não esteja na pauta oficial dos organizadores, irregularidades na Operação Lava Jato também têm sido levantadas como tema importante para a manifestação. “Com certeza estará lá (o tema”, diz.
Pauta local
“A pauta é acumulada desde a greve. Tem também a questão das aposentadorias das centrais, para nós é importante, mas não é o central. O principal é a defesa da educação mesmo. O Future-se vai acabar com a autonomia das universidades, entrega as universidades para a lógica de mercado. A gente é contrário porque a universidade não precisa produzir lucro, ela também tem papel de produzir o pensamento crítico”, pontua.
Com inf, Narley Resende | Foto: Franklin de Freitas
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