Beto Richa pede acesso a delações da Rádio Patrulha
- 31/07/2019
A defesa do ex-governador Beto Richa (PSDB) pediu à 13ª Vara Criminal de Curitiba acesso à integra dos acordos de colaboração firmados pelos delatores com o Ministério Público estadual, no âmbito da operação Rádio Patrulha, que investiga suspeitas de fraude em licitações do programa “Patrulha do Campo”, de obras em estradas rurais. Os advogados do tucano alegam que o acesso a esses documentos é necessário para que a defesa possa apresentar seus argumentos nas audiências marcadas para os próximos dias 5 a 7 de agosto, em que devem ser ouvidos os delatores do caso.
Richa e outras 12 pessoas se tornaram réus, após o juiz Fernando Bardelli Silva Fischeracatar a denúncia do MP contra ele por corrupção passiva e fraude em licitação. Segundo a acusação, empresários teriam oferecido dinheiro em troca do favorecimento na licitação do programa. O valor acertado seria de 8% do valor bruto dos contratos. Ao todo, aponta o MP, teriam sido pagos R$ 8.152.474,44 em propina.
Richa, de acordo com a denúncia, era o “principal destinatário final das vantagens indevidas prometidas pelos empresários, plenamente ciente das tratativas e reuniões realizadas”. Entre as provas está uma gravação em que ele trata de assuntos relacionados ao atraso do pagamento de propina com o delator e ex-deputado estadual Tony Garcia, além de aditivos contratuais determinados pelo então governador.
Violação
De acordo com a defesa do ex-governador, em relação às delações de Nelson Leal Júnior e Maurício Fanini, “o Parquet sequer anexou os termos de acordo de delação premiada homologado, juntando apenas uma declaração de cada delator”. Na avaliação dos advogados, “nos documentos ou mídias sonegados pelo Ministério Público, pode haver prova essencial à defesa do denunciado”.
Anulação
No pedido, a defesa alega que “os elementos que acompanham a denúncia indicam a prática de fatos possivelmente tipificados como crime eleitoral, atraindo a competência da justiça especializada”. E que a denúncia do MP se fundamentaria em acordo de delação de Tony Garcia, segundo a qual parte dos recursos desviados pelo esquema seriam destinados à campanha de reeleição do tucano ao governo do Estado em 2014.
Com inf, Bem Paraná | Foto: Geraldo Bubniak
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