Conheça a história de Alice Schmidt, ex-aluna do Graciliano Ramos (vídeo)

  • 05/06/2019

Na época, quando a escola abriu em Santa Helena, Alice conta que não havia transporte aos alunos, e que cada turma tinha em média 35 a 40 alunos em sala. Elas eram dividas entre letras, A, B, C, D..

A estrada era de barro, e os alunos que frequentavam a escola, caminhavam em grupo os 3 km da residência até a escola. Alice conta que a merenda era divida entre os alunos, que traziam de casa ovos cozidos, batata-doce, frutas entre outros alimentos.

Ela relata que na época, pelo ensinamento de casa, os alunos já eram racistas e que foi difícil compreender quando um professor negro que lecionava ciência "veio com a história da ciência de que não foi Deus que fez o homem do barro". 

Quando o ginásio abriu em Santa Helena, até estabelecer em lei era estadual, como é que vem, como é que não vem a verba, os professores passavam necessidades. Segundo Alice "Um dia, o diretor adentrou a sala, olha e falou que um professor desmaiou porque está sem salário. Lá da minha casa trazíamos carne, frango, nata, coisas de horta, milho verde, abobrinha, melão de neve a gente trazia de tudo para os professores".

Alice conta que depois de casada, suas três filhas também estudaram no Graciliano Ramos, pois sempre foi uma escola muito boa. "Para mim esta escola sempre foi referência e vai ser referência", completa a ex-aluna.


Com inf, Xeretando. Vídeo/Entrevista: Professor João Rosa correia.

Ficou sabendo de algo? Envie sua notícia no Whats Xeretando (45) 9.9824-7874

Ficou sabendo de algo? Envie sua notícia no WhatsApp Xeretando (45)99824-7874

0 Comentários



Deixe seu comentário

* Seu comentário passará por uma avaliação antes de ser postado no site.
* Para que seja vinculada uma imagem sua no comentário é necessário cadastro no GRAVATAR