56 anos de Quentin Tarantino: um ranking do pior ao melhor filme

  • 28/03/2019

Com uma bilheteria de mais de dois bilhões de dólares arrecadados por seus filmes, além de cerca de nove prêmios (dois deles no Oscar, por roteiro original), fora o título de “diretor mais influente dos últimos 30 anos”. Quentin Tarantino completa, nesta quarta (27), 56 anos de vida laureado por diversas conquistas no campo cinematográfico e cultural.

Prestes a voltar à telona, com o aguardadíssimo Once Upon A Time In Hollywood (Era Uma Vez em Hollywood), Tarantino se cercou de um dos melhores elencos dos últimos tempos: Brad Pitt, Leonardo Di Caprio, Al Pacino, Margot Robbie e Emile Hirsch, entre outros. Na história, o diretor aborda o final da era de ouro do cinema de Hollywood, nos anos 60, em meio ao retrato dos crimes cometidos por Charles Manson e sua gangue.

Mas enquanto o novo filme de Tarantino não chega, nós aqui do Barulho Curitiba reunimos (para variar um pouco) mais uma de nossas listas, elencando os filmes do diretor, do pior para o melhor, como uma homenagem pela sua extensa e importante contribuição ao cinema.

De uma coisa não há dúvidas: se não fosse pelo seu caldeirão pop, regado a violência, citações a celebridades, humor, homenagens, uso elaborado da câmera e, principalmente, pelas trilhas sonoras escolhidas a dedo, o cinema hoje em dia seria mais chato do que já é. Viva Tarantino!

12º) My Best Friend’ s Birthday (1987)

Primeiro filme dirigido, produzido e escrito oficialmente por Tarantino, foi todo filmado em preto e branco. Conta a história de um homem que, no dia de seu aniversário, ganha de um amigo, como presente, uma noite com uma garota de programa. Como é de praxe nos roteiros do diretor, nada sai como o planejado. Não foi lançado nos cinemas, nem em DVD.

Assista ao filme:

11º) Grande Hotel (Four Rooms, 1995)

 

Compilado de quatro histórias distintas, dirigidas pelos amigos de longa data Allison Anders, Alexandre Rockwell, Robert Rodriguez e Tarantino. No episódio dirigido por ele, intitulado “The Man From Hollywood”, o protagonista Ted (Tim Roth), carregador de bagagens do hotel do filme, se vê às voltas com as excentricidades de um famoso diretor de cinema (sim, vivido por ele mesmo, Tarantino).

10º) À Prova de Morte (Death Proof, 2007)

 

Tarantino e Robert Rodriguez se uniram em outro projeto coletivo, denominado Grindhouse, para homenagear os filmes B de terror da década de 70. Enquanto Rodriguez comandava Planeta Terror (Planet Terror), Tarantino registrava a história de Mike (Kurt Russell), um dublê misógino e psicopata, que usa seu carro “envenenado” para perseguir e matar mulheres. Até que ele encontra três garotas, que vão dificultar bastante as intenções do ensandecido protagonista.

09º) Sin City - A Cidade do Pecado (Sin City, 2005)

Adaptação da clássica graphic novel de Frank Miller, Sin City foi dirigida por Robert Rodriguez, mas conta com uma colaboração bem especial de Tarantino. Ele dirige uma cena envolvendo os personagens Dwight (Clive Owen) e Jackie Boy (Benicio Del Toro).

08º) Os Oito Odiados (The Hateful Eight, 2015)

Quase uma peça teatral filmada, Os Oito Odiados desapontou alguns espectadores, ainda mais depois dos arrasa-quarteirões Bastardos Inglórios e Django Livre. Mas mesmo com alguns defeitos, o longa possui um excelente roteiro, pontuado pelas ótimas interpretações de Samuel L. Jackson, Kurt Russell e Jennifer Jason Leigh.

07º) Jackie Brown (Jackie Brown, 1997)

 

Após Pulp Fiction, a expectativa pelo novo filme de Tarantino era muito alta. Mostrando que não estava vinculado ao esquemão do cinema hollywoodiano, o diretor apostou em um filme “menor” e não-original. Adaptação do livro “Rum Punch”, de Elmore Leonard, Tarantino homenageava aqui os filmes de blaxploitation dos anos 70, através da figura de Jackie (Pam Grier), uma aeromoça que se envolve em um esquema criminoso, e que resolve enganar a todos (polícia e bandidos), em benefício próprio.

06º) Kill Bill Vol. 2 (Kill Bill Vol. 2, 2004)

Antes programado para ser um único filme, Kill Bill foi dividido por Tarantino em duas partes. Essa “continuação” do primeiro filme, se peca por não apresentar o mesmo ritmo da primeira, desenvolve a narrativa de forma bem entrelaçada, sem desperdiçar os elementos contidos no volume um.

05º) Kill Bill Vol. 1 (Kill Bill Vol. 1, 2003)

 

A história da vingança da Noiva Beatrix Kiddo (Uma Thurman) foi o primeiro filme dirigido por Tarantino desde Jackie Brown (um hiato de cinco anos). Mesmo com a desconfiança causada no público por este último, Tarantino mostrou que continuava em ótima forma. A sua homenagem aos filmes de artes marciais o revelou para uma nova geração, ajudando a aumentar a sua popularidade como diretor.

04º) Django Livre (Django Unchained, 2012)

 

Maior bilheteria de Tarantino até agora, esta homenagem ao gênero “western-spaghetti” discutiu a herança escravocrata dos Estados Unidos através da deliciosa história de vingança de Django (Jamie Foxx), que parte em busca da sua mulher, aprisionada por Calvin Candie (Leonardo Di Caprio). Tanto Di Caprio, quanto Samuel L. Jackson e Christoph Waltz interpretam três dos melhores personagens desta década no cinema.

03º) Bastardos Inglórios (Inglourious Basterds, 2009)

 

O roteiro de Bastardos Inglórios levou cerca de 10 anos para ficar pronto, mas não decepcionou: foi o maior sucesso de Tarantino desde Pulp Fiction, em 1994. A guerra entre soldados americanos e nazistas resultou na criação de duas figuras ímpares dentro do universo “tarantinesco”: Shosanna (Melanie Laurent) e o sádico Hans Landa (vivido de forma magistral por Christoph Waltz), um dos maiores vilões da história do cinema.

02º) Cães de Aluguel (Reservoir Dogs, 1992)

Primeiro filme “oficial” de Tarantino, Cães de Aluguel botou o cenário independente na boca de todo o público, naquele início dos anos 90. Da cena de abertura, com a clássica discussão sobre o teor da letra de “Like a Virgin”, de Madonna, até a cena da orelha (um dos momentos mais aterrorizantes do cinema na década), Tarantino imprimiu a sua marca e mostrou que nem só de Scorseses, Spielbergs e Coppolas vivia o cinemão.

01º) Pulp Fiction (Pulp Fiction, 1994)

O que dizer do filme mais revolucionário do cinema, desde que Steven Spielberg definiu o rumo de “cinema-pipoca” em 1975, com Tubarão? Numa mistura certeira de cultura pop, violência, humor e narrativa estilística (e bancada por um estúdio vinculado à Disney!), Tarantino mudou para sempre a forma de se fazer cinema.

Menções honrosas

Essas três obras que marcaram os anos 90 possuem, em comum, a mesma coisa: roteiros de Tarantino que, por n motivos, não foram executados por ele.

 Amor à Queima-Roupa (True Romance, de 1993, dirigido por Tony Scott)

Primeiro roteiro de Tarantino, com um elenco formado por Christian Slater, Patricia Arquette, Gary Oldman, Dennis Hopper, Val Kilmer, Brad Pitt e Chistopher Walken, Amor à Queima-Roupa foi concebido como uma espécie de prelúdio de Cães de Aluguel.

Assassinos por Natureza (Natural Born Killers, de 1994, dirigido por Oliver Stone)

Apesar de boatos dando conta de que Tarantino não gostou da versão de Stone (hipótese desmentida por ele), Assassinos, mesmo sendo um excelente filme, não possui o mesmo carisma de Pulp Fiction, lançado no mesmo ano.

Um Drink no Inferno (From Dusk Till Dawn, de 1996, dirigido por Robert Rodriguez)

Incursão de Tarantino pelos filmes de terror, o filme ajudou a consolidar as carreiras de Rodriguez e Salma Hayek (já estabelecidos após o sucesso de A Balada do Pistoleiro), além de transformar o, até então, ator de seriados de TV George Clooney ,num potencial nome forte para o cinema.

Fonte: bemparana

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