Beto Richa se torna réu em processo da Operação Quadro Negro

  • 26/03/2019

O juiz Fernando Bardelli Silva Fischer, da 9ª Vara Criminal de Curitiba, acatou denúncia contra o ex-governador do Paraná, Beto Richa, em processo da Operação Quadro Negro, que apura supostos desvios de verbas de obras em colégios estaduais. Além do político, outras cinco pessoas investigadas se tornaram réus na ação.

Richa foi denunciado pelo MP-PR (Ministério Público do Paraná) pelos crimes de organização criminosa e corrupção passiva. O magistrado ainda acatou a denúncia contra o ex-governador por prorrogação indevida de contrato de licitação, previsto. Ele segue preso no Complexo Médico-Penal de Pinhais, região metropolitana de Curitiba, desde terça-feira (19).

Conforme a denúncia do MP-PR, Richa é apontado como “chefe da organização criminosa e principal beneficiado com o esquema de recebimento de propinas advindas das empresas privadas responsáveis pela execução das obras nas escolas públicas estaduais”.

O primo de Richa, Luiz Abi Antoun, o ex-assessor, Ezequias Moreira Rodrigues, e Jorge Theodócio Atherino também se tornaram réus pelos crimes de organização criminosa e corrupção passiva. Já o ex-diretor da Secretaria de Educação do Paraná, Maurício Fanini, responderá por corrupção passiva, enquanto o empresário Eduardo Lopes de Souza foi denunciado pelo delito de corrupção ativa.

A denúncia do Ministério Público aponta a existência de uma organização criminosa, com a participação de agentes públicos e privados, na Secretaria de Estado da Educação, especializada nos crimes de corrupção, lavagem de dinheiro e de fraudes em licitações para obras em colégios estaduais, no período de 2012 a 2015, dentro da gestão de Beto Richa.

Ainda segundo o documento, o principal operador do esquema seria Maurício Fanini, ex-diretor de obras da Secretaria da Educação, responsável por solicitar vantagens indevidas a Eduardo Lopes de Souza, proprietário da construtora Valor.

“Os valores pagos por Eduardo Lopes de Souza a Maurício Fanini teriam sido recolhidos e repassados ao suposto chefe da organização criminosa, Carlos Alberto Richa [Beto Richa], por meio de pessoas por ele indicadas. Tal função, de acordo com a denúncia, era de responsabilidade dos denunciados Luis Abi Antoun, Ezequias Moreira Rodrigues e Jorge Theodócio Atherino”.

Fonte: marechalnews

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