Trajetória do jogador Fernandão no Inter virará peça de teatro em Porto Alegre

  • 03/04/2018

Capitão das conquistas da Libertadores e do mundial de 2006, Fernandão é o maior ídolo da história do Inter, o ex-atacante, morto, vítima de um acidente de helicópterohá quatro anos, tem sua trajetória marcada nos mais de cem anos do Colorado. E além das homenagens já recebidas, os bastidores dos anos mais importantes dele em Porto Alegre se transformarão em uma peça de teatro.

O dramaturgo Bob Bahlis é o responsável pelo projeto que já tem roteiro pronto e previsão de estreia para agosto.

“O ator que fará o personagem foi meu aluno de teatro há uns 10 anos, estávamos sempre pensando em trabalhar juntos. Certo dia, em fevereiro, fui dar uma entrevista na TVE e ele estava lá. Conversamos sobre isso, fazer uma peça em homenagem a Fernandão. Ele sempre foi muito parecido fisicamente com Fernandão, brincávamos sobre isso. Foi uma casualidade, porque eu procurava um projeto para este ano, que marcasse meus 30 anos de teatro. Eu andava lendo muito sobre teatro e futebol, porque as pessoas consomem tanto futebol, nem tanto teatro. E depois da nossa conversa fiquei dias e mais dias vendo todo material sobre o Fernandão, falei com a viúva dele, a Fernanda, com amigos próximos, e a peça entrou muito dentro da programação de homenagens aos 40 anos que ele faria, se vivo” comentou Bahlis.

O recorte estabelecido é entre 2004 e 2006, o enfoque da peça se dá na passagem de Fernandão pelo Inter, apesar das citações de Goiás e França por meio de memórias do personagem. Serão dez atores e quatro cenários, além da projeção audiovisual de uma série de momentos emblemáticos no campo. O escolhido para viver Fernandão no palco é o ator Rafael Albuquerque, de 37 anos.

“É muito louco como a vida se desenha, passado e futuro. Tenho 37 anos e minha geração na adolescência não teve um ídolo forte no Inter, presente. Cresci vendo o Grêmio ser campeão, sofri muito. Meu ídolo era o Taffarel, mas mais pelo que ele fez na seleção. Tinha essa lacuna. Até que o Fernandão chega. Meio desconhecido, vindo da França, meio do nada. Eu tinha de 23 para 24 anos. Ele já estreia fazendo gol no Gre-Nal, e naquele ano tudo começou a virar para o Inter, foi um meteoro no clube”, disse Rafael. “Nessa época eu ia nos jogos e os torcedores nas arquibancadas começavam a me chamar de Fernandão. Um dia o Fernandão foi num evento consular em São Leopoldo e eu estava lá. Na chagada já brincaram dizendo que o irmão dele estava ali. Até tiramos uma foto juntos. Além da idolatria, isso é muito louco. Agora, interpretar ele vai ser uma emoção muito grande”, completou ele.

Além de Fernandão, serão representados no teatro amigos próximos e outros atletas como Iarley, Alex, Paulo César Tinga, Rafael Sóbis, Clemer, além do dirigente do Inter Fernando Carvalho e de um funcionário do clube ainda não escolhidos.

O processo de criação está praticamente fechado, mais ainda há espaços para algumas entrevistas. Amigos de Fernandão distantes do futebol são os alvos como os cantores sertanejos Leonardo, Bruno e Marrone. O roteiro atual contempla duas horas de peça, mas passará por recortes até que a apresentação dure no máximo 90 minutos. Tempo de uma partida de futebol.

O plano inicial era de que a peça pudesse estrear próximo ao aniversário da morte de Fernandão, 7 de junho, mais foi alterado, para uma data mais feliz, a semana de aniversário do título de Libertadores, ocorrido em 16 de agosto.

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