Uma semana após massacre, missa homenageia vítimas em Suzano

  • 21/03/2019

Uma semana após o massacre na Escola Estadual Raul Brasil, em Suzano, uma missa reuniu centenas de pessoas na Paróquia São Sebastião, a matriz da cidade, na noite desta quarta-feira (23). Um telão foi colocado do lado de fora, na Praça João Pessoa.

A missa foi celebrada pelo bispo Dom Pedro Luiz Stringhini, o pároco Cláudio Taciano e o padre Antônio Maria. O prefeito Rodrigo Ashiuchi também esteve na igreja.

O dia foi marcado por diversas homenagens na escola e também por um ato ecumênico. "A partir daqui temos que tirar também lições para que construamos a cultura da paz, para que os jovens tenham sentido para as suas vidas e não precisem recorrer a violência", disse o bispo Dom Pedro Luiz Stringhini.

O padre Antônio Maria quis levar conforto às famílias. "É importante porque essa celebração vai avivar a fé de todos nós, dos familiares também e fé é o que nos faz enfrentar dificuldades. O próprio Jesus usou uma frase dizendo que a fé remove montanhas. A montanha da dor é muito grande nessa tragédia toda, mas a fé nos vai ajudar a transpor essa montanha e a pensar que há uma essência que é Deus e tudo isso pode nos levar a Deus. O mal da dor é que dói, mas há muita coisa boa nela também. A dor nos faz crescer amadurecer, e nos faz pensar na essência, no principal da vida, também".

A família de Marilena Umezo, a coordenadora assassinada no massacre, participou da missa na igreja que era frequentada por ela. "Só Deus para confortar a gente neste momento e é uma forma de homenagear a minha mãe também. É uma forma de homenagear a minha mãe também, com certeza ela está feliz de ver a gente seguindo os passos dela".

As famílias de Caio Oliveira, de 15 anos, e de Claiton Antônio Ribeiro, de 17 anos, também estiveram na missa.

"Está sendo muito difícil. Não só por nós, mas por todo mundo que perdeu, por todo mundo que sofreu", disse a mãe de Caio. "Desde o primeiro dia, pessoas que a gente nem conhece vieram abraçar, confortar. É importante pra gente", falou Elisângela Oliveira, mãe de Caio.

 

"Eu espero que ele esteja lá em cima, que esteja com Deus e tomara que as coisas mudem. Já passou da hora. Chega, não dá mais!", disse o pai de Caio, Edilson Gomes de Oliveira.

A Secretaria Estadual de Educação informou que ainda não há data definida para o retorno às aulas.

Uma sobrevivente ferida recebeu alta nesta quarta. Jenifer da Silva Cavalcante, de 15 anos, estava internada no Hospital Luzia de Pinho Melo. Duas vítimas do massacre seguem internadas no Hospital das Clínicas, em São Paulo.

G1 

Ficou sabendo de algo? Envie sua notícia no WhatsApp Xeretando (45)99824-7874

0 Comentários



Deixe seu comentário

* Seu comentário passará por uma avaliação antes de ser postado no site.
* Para que seja vinculada uma imagem sua no comentário é necessário cadastro no GRAVATAR