Pescadores de Santa Helena retornam as atividades pesqueiras
- 01/03/2019
Encerrou ontem o período da Piracema,
período de restrição à pesca de espécies nativas no Paraná, que começa em
novembro do ano passado. A partir de hoje, pescadores de Santa Helena e região
retornam as atividades no Lago de Itaipu em busca de renda.
Conforme o Instituto Ambiental do
Paraná (IAP) a proibição da pesca na Piracema tem como objetivo de proteger a
reprodução natural de espécies de peixes. Bagre, dourado, jaú, pintado e
lambari estão entre as espécies que ficam protegidas por Lei neste período.
Considerando o comportamento
migratório e de reprodução, a pesca é proibida na bacia hidrográfica do rio
Paraná, que compreende o rio principal, seus formadores, afluentes, lagos,
lagoas marginais, reservatórios e demais coleções de água inseridas na bacia de
contribuição do rio.
A pessoa flagrada pescando em
desacordo com as restrições determinadas pela portaria é enquadrada na lei de
crimes ambientais. A multa é de aproximadamente 700 reais por pescador e mais
de 20 reais por quilo de peixe pescado. Além disso, os materiais de pesca como
varas, redes e embarcações, são ser apreendidos pelos fiscais. Além da pesca,
neste período o transporte e a comercialização também serão fiscalizados.
A restrição é instruída pelo
Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Ibama), pela
instrução normativa, e reforçada pela portaria do IAP. A restrição anual
acontece há mais de 15 anos. Não entra na restrição de pesca as espécies
consideradas exóticas, que foram introduzidas no meio ambiente pelos seres
humanos.
Neste período também fica
proibida a realização de competições de pesca, como torneios, campeonatos e
gincanas. Exceto as competições de pesca realizadas em reservatórios, visando a
captura de espécies não nativas e híbridos.
Conforme o presidente da Colônia
de Pesca Nossa Senhora dos Navegantes em Santa Helena, Lírio Hoffman, a
Piracema é importante para a reprodução das espécies e é garantia de
lucratividade para os pescadores, que na grande maioria sobrevivem somente da
pesca.
Em Santa Helena não foram
registradas ocorrências de pescadores profissionais que desrespeitaram o
período, no entanto, segundo o presidente da colônia, até hoje os pescadores
não receberam o seguro defeso, benefício que garante o salário da classe durante
os quatro meses em que a pesca fica proibida, conforme Lírio Hoffmann.
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