Dois municípios do Paraná enfrentam epidemia de dengue e 52 estão em risco
- 13/02/2019
Um segundo município do Paraná
entrou em situação de epidemia de dengue. Trata-se de Ludionópolis, localizado
na região metropolitana de Londrina, que registrou na última semana, segundo
boletim divulgado pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), 13 novos casos
autóctones da doença (ou seja, a infecção ocorreu no próprio município). Uraí,
também no norte do Paraná e que já estava em situação de epidemia, apresenta
oito novos casos.
Ainda segundo a Sesa, além dos
dois municípios que já estão em situação de epidemia, outras 52 cidades estão classificadas
em situação de risco de epidemia, sendo que nove desses municípios apresentam
alto risco, sendo necessária a adoção de medidas de controle. A maioria desses
municípios fica no Litoral, Oeste, Noroeste e Norte do Paraná. São eles:
Paranaguá, Guaratuba, Maringá, Apucarana, Cianorte, Umuarama, Guaíra, Foz do
Iguaçu e Francisco Beltrão
Na última semana (entre os dias
05 e 12 de fevereiro), inclusive, o número de casos de dengue confirmados no
Paraná cresceu 46,88%, saltando de 224 para 329. Já o número de casos
notiicados cresceu 14,9%, passando de 7.736 para 8.889.
Até aqui, 268 municípios do
Paraná (67,2% do total) já notificaram possíveis casos de dengue, enquanto 72
municípios (18%) já confirmaram episódios da doença. Os municípios com maior
número de casos suspeitos notificados são Londrina (1.988), Foz do Iguaçu (943)
e Paranaguá (587). Já os municípios com maior número de casos confirmados são:
Londrina (63), Uraí (60) e Foz do Iguaçu (30).
Curitiba, por sua vez, notificou
374 casos, dos quais 176 já foram descartados e outros três, confirmados.
Nessas três situações, porém, a infecção ocorreu fora do município. Além disso,
a Capital também teve um caso de chikungunya confirmado, assim como Foz do
Iguaçu e Medianeira. Segundo a Sesa, os três casos são importados e a infecção
ocorreu no Paraná, estado que enfrenta um surto da doença
O verão, com temperaturas mais
altas e o clima chuvoso, propicia o acúmulo de água e o desenvolvimento do
mosquito Aedes aegypti, transmissor de doenças como a dengue, a zika e a
chikungunya. Quem viaja deve redobrar os cuidados para evitar o avanço da
doença, tanto no seu imóvel, que ficará desabitado, como na casa eventualmente
alugada para a temporada.
Secretaria de Saúde apela para conscientização da população
A Secretaria de Estado da Saúde
vem insistindo bastante na conscientização da população, para que atue na
eliminação de criadouros do mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue. Eles
se reproduzem em todo tipo de água parada, em pratos de plantas, lixo
abandonado em terrenos baldios, garrafas, bebedouros de animais ou objetos
abandonados em quintais.
A proliferação do mosquito
transmissor aumenta muito no verão. Os casos mais graves da doença costumam
ocorrer em determinados grupos de risco, composto por idosos, gestantes,
lactentes menores (29 dias a 6 meses de vida), dependentes químicos e pessoas
com algum tipo de doença crônica pré-existente, como hipertensão arterial,
diabetes mellitus, anemia falciforme, doença renal crônica, entre outras.
A orientação é que todos busquem
atendimento de saúde tão logo apresentem os primeiros sintomas. O diagnóstico
precoce e o tratamento em tempo oportuno reduzem significativamente as chances
de agravamento do caso. Os sintomas são febre acompanhada de dor de cabeça, dor
articular, dor muscular e dor atrás dos olhos ou mal-estar geral. Esses sinais
não podem ser desprezados.
Combate
Fumacê ajuda a reduzir infestação
de mosquito
Desde a última semana a Secretaria
de Estado da Saúde tem aplicado inseticida com carros fumacê para combater a
infestação do mosquito Aedes egypti em municípios com situação mais crítica. O
processo já foi feito em municípios como Londrina, Santa Isabel do Oeste,
Capanema, Uraí e Antonina. A secretaria, porém, alerta que os melhores
resultados só serão obtidos com engajamento total da população.
“De nada adianta aplicar o fumacê
para eliminar os mosquitos se existem criadouros em centenas de propriedades
particulares”, afirma a médica veterinária Ivana Belmonte, do Centro de
Vigilância Ambiental em Saúde. Segundo a Sesa, a maioria dos criadouros está
dentro dos quintais, em qualquer lugar com acúmulo de água parada, por menor
que seja.
Por isso, é preciso atuar ativamente mantendo quintais limpos, sem acúmulo de lixo, pneus e garrafas, por exemplo; calhas, marquises e ralos. Já os pratos das plantas podem ser completados com areia grossa até as bordas ou ser lavados com água, bucha e sabão todas as semanas, para eliminar ovos do mosquito. Locais de armazenamento de água devem ser mantidos com tampas.
Bem Paraná
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