Anac liberou operação de aeronaves VoePass sem gravação completa de dados antes de queda em SP

  • 13/08/2024

Em março de 2023, a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) autorizou temporariamente, por 18 meses, que os modelos de aeronave ATR 72-500 e ATR 72-121, utilizados pela VoePass, operassem sem gravar oito tipos de informações na caixa-preta. Esse mesmo modelo de avião caiu na última sexta-feira (9/8), em Vinhedo, São Paulo, causando a morte de 62 pessoas. A informação foi divulgada no portal Metrópoles.

Segundo informações divulgadas, os dados que não estavam sendo registrados incluíam informações críticas do navegador de voo, como aceleração normal, longitudinal e lateral, além do engajamento do piloto automático, pressão hidráulica e temperatura externa. Esses parâmetros são fundamentais para a análise detalhada de acidentes.

A Anac havia estipulado um prazo para que a VoePass ajustasse todos os 91 parâmetros exigidos pelo Regulamento Brasileiro de Aviação Civil. De acordo com Ricardo Catanant, diretor da Anac, a ausência dessas gravações não comprometeria o desempenho operacional da aeronave, mas ele ressaltou que tais informações são cruciais para investigações em casos de acidentes aéreos.

As caixas-pretas do avião que caiu em Vinhedo foram recuperadas e enviadas para análise em Brasília. O chefe do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), brigadeiro do ar Marcelo Moreno, informou que os dados foram extraídos com sucesso. O Cenipa espera apresentar um relatório preliminar sobre o acidente dentro de 30 dias.

A aeronave da VoePass, modelo ATR 72, decolou de Cascavel, no Paraná, com destino ao Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos. Durante o voo, a aeronave perdeu altitude rapidamente e colidiu com o solo no quintal de uma residência em Vinhedo, resultando em uma explosão. Felizmente, ninguém em terra foi ferido. A principal hipótese investigada é que o sistema anticongelamento da aeronave falhou, resultando em acúmulo de gelo e perda de controle pelo piloto. Durante uma coletiva de imprensa, o brigadeiro Moreno destacou que não houve comunicação de emergência com a torre de controle antes do acidente.

Redação Catve com informações do Portal Metrópolis | Divulgação: FAB

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