Tratamento de esgoto em Santa Helena terá sistema mais moderno

  • 15/01/2019

A Companhia de Saneamento do Paraná (Sanepar) adotará neste ano, um novo modelo de tratamento de esgoto para Santa Helena. O investimento ultrapassa 6 milhões de reais para a construção da nova estrutura que está sendo feita para modernizar o sistema. O município conta, atualmente, com um índice de coleta de esgoto superior a 80% e 100% de tratamento.

A nova estação de tratamento, chamada de ETE Modular, começou a ser implantada em novembro e dever ser concluída em maio de 2019. Ela está sendo implantada para substituir as lagoas existentes, melhorar o processo de tratamento e eliminar a incidência de odor. A nova estação de tratamento de esgoto contempla sistema de tratamento preliminar, inexistente no sistema atual.

O novo sistema terá ainda gradeamento mecanizado, desarenador e calha Parshall, que é utilizada para medir a vazão. Neste sistema, o tratamento é feito por lodo ativado e aeração prolongada, por batelada. Isso significa que todas as etapas do tratamento ocorrem em um único reator que tem ciclo de operação com duração definida. Em Santa Helena, serão instalados dois reatores que operam alternadamente.

A unidade terá capacidade média de tratamento de 30 litros por segundo e suportará picos de até 45 litros por segundo. A eficiência do processo deve chegar a 95%. A estação é construída em módulos e tem dois tanques em aço vitrificado com capacidade de mais de dois milhões de litros. Nestes tanques é que ocorrem o tratamento. Todo o processo é automatizado. O investimento em Santa Helena é de aproximadamente 6 milhões e meio de reais.

A grande vantagem deste sistema é a ausência de odor, a possibilidade de operação remota e a eficiência do tratamento. “É uma demanda da comunidade de Santa Helena que tem solicitado a modernização do sistema, eliminando, principalmente, o odor no entorno da estação de tratamento”, diz o gerente regional Nilton Perez.

Sistema atual

O sistema de tratamento de esgoto em Santa Helena é realizado por meio de quatro lagoas, sendo duas anaeróbias e duas facultativas. A capacidade de tratamento é de 30 litros por segundo. O processo é inteiramente biológico e a unidade opera há mais de 30 anos. Hoje, por este sistema, a eficiência no tratamento é de 65%. Segundo Perez, este modelo não tem apresentado resultados satisfatórios e há muitas reclamações, principalmente em relação ao odor. “Por isso estamos modernizando o sistema. A Sanepar implantou uma unidade similar, na cidade de Pinhão, na Região Centro-Sul do Estado e tem dado bons resultados”, disse.

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