Seguro rural: governo negocia mais R$ 500 milhões, diz Fávaro
- 07/12/2023
O ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, disse
nesta quarta-feira (6) que negocia com a equipe econômica mais R$ 500 milhões
para o programa de subvenção ao Prêmio do Seguro Rural (PSR).
A declaração foi dada durante audiência pública na Comissão
de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural da Câmara dos
Deputados.
De acordo com o ministro, em 2023, o valor reservado no
Orçamento, de R$ 933 milhões, já foi consumido, mas há necessidade de mais
recursos devido às dificuldades climáticas enfrentadas pelos produtores rurais
e ao aumento do preço das apólices.
“Não podemos fechar o ano sem aportar, pelo menos, mais R$
500 milhões para o seguro rural. É prioridade total e não há nenhuma
insensibilidade do governo com relação a isso”, disse.
O seguro rural é um auxílio fornecido pelo governo federal
para que o produtor possa contratar uma apólice para cobrir riscos à safra,
como estiagens. O orçamento para essa ação tem girado em torno de R$ 1 bilhão
desde 2020.
O deputado Afonso Hamm (PP-RS) defendeu o fim do
contingenciamento dos recursos reservados no Orçamento para o ao Prêmio do
Seguro Rural. Ele é autor de um projeto de lei nesse sentido que tramita na
Câmara, o PL 1511/23. “É muito importante evoluirmos para que não possa haver
cortes. Hoje, o seguro agrícola é um faz-de-conta”, disse.
Fávaro fala sobre crise no leite
Durante a audiência, deputados pediram apoio do ministro à
cadeia do leite, que enfrenta crise devido à alta das importações e à queda do
preço aos produtores brasileiros. Em outubro, um decreto passou a conceder
benefício fiscal às empresas de laticínios ou cooperativas que comprarem leite
no Brasil. O texto, entretanto, prevê um prazo de 90 dias para que mudança
tributária entre em vigor e os efeitos do decreto só entram em vigor no fim de
janeiro.
O deputado Domingos Sávio (PL-MG) lamentou que o decreto
editado para ajudar o segmento só vá produzir efeitos a partir de janeiro. Para
o parlamentar, a existência do prazo incentivou os importadores a fazerem
estoques de leite, prejudicando ainda mais o segmento nacional. “Isso agravou o
problema, porque aí aumenta a importação”, disse.
O ministro da Agricultura reconheceu que houve aumento nas
importações após o decreto. Outros deputados, como Welter (PT-PR) e Zé Trovão
(PL-SC), também criticaram a chamada noventena e pediram mais apoio à cadeia
leiteira.
Com Inf: Canal Rural | Foto: Lula Marques/Agência Brasil
Ficou sabendo de algo? Envie sua notícia no WhatsApp Xeretando (45)99824-7874
0 Comentários