Atlético vence o Junior nos pênaltis, conquista a Sul-Americana e faz história
- 13/12/2018
O Atlético fez história. Na noite
desta quarta-feira (12), com a Arena da Baixada lotada, o time sagrou-se
campeão da Copa Sul-Americana de 2018, ao derrotar o Junior de Barranquilla
(Colômbia) nos pênaltis, por 4 a 3, após empate em 1 a 1 no tempo normal e na
prorrogação. Foi não apenas a primeira vez que o Furacão conquistou um título
internacional, mas também a primeira vez de um time paranaense na história.
Pablo marcou o gol do Atlético no
1º tempo e tornou-se um dos artilheiros da competição, com 5 gols, ao lado de
Nicolas Benedetti, do Deportivo Cali (Colômbia). O atacante já havia feito o
gol do time paranaense no empate em 1 a 1 em Barranquilla.Na etapa final, Teo
Gutierrez empatou. O Junior ainda errou um pênalti na prorrogação, com Barrera
chutando por cima do gol.
Nos pênaltis, Jonathan, Raphael
Veiga, Bergson e Thiago Heleno marcaram para o Atlético. Renan Lodi chutou para
fora. Para o Junior, marcaram Narváez, Perez e Viera. Fuentes acertou a trave e
Teo Gutierrez mandou por cima.
O primeiro jogo, na Colômbia, terminou
empatado em 1 a 1. Para ser campeão, o Atlético precisava vencer por qualquer
placar. Em caso de novo empate, haveria prorrogação e, persistindo a igualdade,
pênaltis. O gol fora de casa vale como critério de desempate na Copa
Sul-Americana, mas não na final.
Até hoje, apenas três clubes
brasileiros haviam conquistado a Copa Sul-Americana; Internacional (2008), São
Paulo (2012) e Chapecoense (2016). Goiás (2010), Ponte Preta (2011) e Flamengo
(2017) chegaram à final, mas fracassaram.
Casa
A Arena da Baixada recebeu 40.263
pessoas, cravando o maior público na história do estádio. Até então, o recorde
era do Paraná Clube – 39.414 pessoas na vitória sobre o Internacional por 1 a
0, pela Série B de 2018. O segundo recorde era de 39.375, na partida Austrália
0 x 3 Espanha, pela Copa do Mundo de 2014.
Em casa, o Atlético somou 4
vitórias nas partidas anteriores pela Copa Sul-Americana, além de uma derrota.
Fora de casa, foram quatro vitórias, um empate – o do primeiro jogo da final –
e uma derrota.
Prêmios
A conquista da Copa Sul-Americana
vale um prêmio de quase R$ 10 milhões (US$ 2,5 milhões) ao campeão. O
vice-campeonato rende R$ 4,8 milhões. Até a final, o Atlético havia acumulado
R$ 7,6 milhões.
Além disso, o título vale vaga na
fase de grupos da Copa Libertadores da América em 2019 e na Recopa
Sul-Americana, contra o River Plate (campeão da Libertadores de 2018). Os jogos
serão em 20 de fevereiro e em 6 de março.
Mudanças
A partida desta quarta-feira foi
a última em que o Atlético entrou em campo como “Atlético” e com o atual
escudo. Na última terça-feira (11), o clube apresentou um novo escudo e uma
nova camisa, além de oficializar a grafia de “Athletico” – usada na fundação do
clube, em 1924. As mudanças passam a vigorar a partir de 1º de janeiro de 2019.
Escalação
A única dúvida do técnico Tiago
Nunes era a escalação de Pablo, que sentia dores na panturrilha direita. Como
ele foi escalado, o treinador manteve a mesma formação do último jogo,
incluindo o esquema 4-2-3-1. O Junior, por sua vez contava com o retorno de sua
maior estrela, o atacante Teo Gutierrez– ele havia cumprido suspensão na
primeira partida. Entrou em campo num 4-4-2.
Primeiro tempo
Em casa, com apoio da torcida, o
Atlético tentou dominar. Como não conseguia entrar na área adversária, diante
da forte marcação, o time paranaense tentou arremates de longe. O Junior causou
alguns sustinhos com jogadas de Teo Gutierrez. Com leve predomínio, o Furacão
abriu o placar aos 26 minutos, com Pablo, após tabela com Raphael Veiga. Depois
disso, contudo, o time cedeu espaço, sofreu alguma pressão e não conseguiu mais
acertar jogadas de ataque.
Segundo tempo
Na etapa final, o Atlético voltou
com Rony no lugar de Marcelo Cirino, que havia sentido uma lesão. Logo no
começo, Pablo quase marcou outro, mas parou no goleiro Viera, ex-seleção
uruguaia. Mas depois disso o time permitiu que o rival crescesse. E o gol de
empate saiu aos 13 minutos, com Teo Gutierrez, de cabeça. Um minuto depois,
Luis Diaz não virou o jogo por centímetros. O Atlético não conseguiu reagir e
viu o Junior desperdiçar pelo menos outras três chances de virar o placar –
muitas vezes porque os colombianos tinham espaço para contra-atacar.
Aos 28 minutos, Tiago Nunes
trocou Lucho Gonzalez por Wellington no meio-de-campo. O Junior respondeu com a
troca do volante James Sanchez pelo atacante Yoni ‘Speedy’ Gonzalez. Mesmo com
a troca, o Atlético não conseguia criar jogadas de ataque e se limitava a
erguer bolas à área, sem sucesso. E assim foi até o fim do tempo normal.
Prorrogação
Na prorrogação, o Atlético tomou
a iniciativa, mas não conseguia acertar passes perto da área adversária. Aos 9
minutos, Pablo deu lugar a Bergson e Nikão – que sentiu uma lesão – saiu para a
entrada de Marcinho. No tempo extra, os treinadores podem fazer uma 4ª
substituição. Apesar do gás novo, o time não melhorou e o Junior somou mais
finalizações.
Na etapa final, o goleiro Santos
cometeu um pênalti em Teo Gutierrez. Barreira, contudo, cobrou por cima do gol
– no jogo de ida, o Junior já havia errado um pênalti, com Perez chutando no
travessão. O lance abateu o time colombiano e fez o Atlético melhorar. Mas não
o suficiente para desempatar.
Estatísticas
Ao fim de 120 minutos, o Atlético obteve 18 finalizações (6 certas), 52% de posse de bola, 91% de eficiência nos passes e 6 escanteios. O Junior somou 16 finalizações (5 certas), 48% de posse de bola, 92% de eficiência nos passes e 7 escanteios. Os números são do Footstats.
Bem Paraná
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