Morre Celeste Fishbein, filha e neta de brasileiros, desaparecida após ataques do Hamas em Israel
- 17/10/2023
O tio de Celeste Fishbein, filha e neta de brasileiros que
havia sido sequestrada pelo Hamas, disse nesta terça-feira (17) que a jovem,
que tinha 18 anos, morreu.
"(O exército israelense) avisou a gente que a (minha)
sobrinha foi assassinada. Encontraram o corpo dela", disse Mario Fishbein.
Ela é filha e neta de brasileiros.
Os familiares estavam à procura dela desde 7 de outubro,
quando Celeste parou de dar notícias, após o atentado do grupo extremista Hamas
ao território israelense.
Segundo Mario, representantes do exército israelense foram
até a casa da família dar a notícia, mas não informaram outros detalhes, como
quando e onde o corpo foi encontrado, nem as circunstâncias em que ela morreu —
a família espera que o corpo de Celeste seja liberado nesta terça ou na
quarta-feira (18).
Inicialmente, nos dias anteriores, o Exército israelense
havia informado a família que a jovem foi feita refém em Gaza.
Sequestro
Ela foi mais uma vítima de rebeldes do grupo terrorista que
invadiram várias casas e levaram cerca de 120 pessoas. Celeste não conseguiu
escapar do grupo armado.
Os familiares da jovem tiveram mais sorte. Quando as sirenes
soaram, eles, que estavam na casa da avó promovendo uma cerimônia religiosa,
foram para um abrigo. E a partir desse momento trocaram mensagens com ela em um
grupo da família. Do abrigo, conseguiram ver várias residências sendo invadidas
e destruídas.
Inicialmente, Celeste, que estava em casa com o namorado,
estava respondendo às mensagens do grupo. Ela, inclusive, quem deu o alerta de
que os terroristas estavam disfarçados e invadindo as casas, depois de dizer
que estava bem.
“Terroristas do Hamas disfarçados de soldados do exército de
Israel estão batendo nas portas. Favor não abrir as portas. Protejam suas
vidas. Compartilhem”, disse a mensagem.
A família Fishbein perdeu contato depois do início dos
ataques terroristas, que obrigaram todos os moradores das comunidades rurais a
se abrigar dentro de bunkers de proteção, uma espécie de abrigo antibombas.
“Celeste ficou com o namorado em Gaza. Eles deixaram de
responder as mensagens de celular às 11 horas. E ninguém tem mais notícias”,
contou o tio.
Celeste era de uma família de judeus brasileiros que vive em
Israel. Ela era babá e trabalhava em um kibutz – pequena comunidade rural –
perto da Faixa de Gaza.
A mãe e as avós da jovem, nascidas em Guaratinguetá, no
interior de São Paulo, viviam em outro kibutz na região de Gaza, depois de
terem saído do Bom Retiro, na capital paulista, rumo ao Estado de Israel.
Morreu outro filho de brasileiro
O israelense Gavriel Yishay Barel, de 22 anos, filho do
brasileiro Jayro Varella Filho, morreu no domingo (15) em função dos ataques do
Hamas no sul de Israel. A informação havia sido confirmada pela embaixada
brasileira em Israel para a colunista Andréia Sadi.
De acordo com um familiar, Gavriel estava na festa rave
Universo Paralello durante o ataque do Hamas, no sábado (7), quando desapareceu.
A família era formada por cinco filhos: Uriel, Abraham e
Guittit (gêmeos), Gavriel e Yudah, o caçula. Eles viveram brevemente ao Brasil,
quando eram crianças. Gavriel morava com a mãe, em Ashkelon, cidade a menos de
15km da Faixa de Gaza.
Vítimas brasileiras
O governo federal confirmou, até o momento, a morte de três
brasileiros em Israel. Todos eles também estavam na festa rave.
Os três brasileiros viviam em Israel há alguns anos, sendo
que os dois últimos tinham cidadania israelense:
Bruna Valeanu, carioca, 22 anos;
Ranani Nidejelski Glazer, gaúcho, 23 anos;
Karla Stelzer Mendes, carioca, 42 anos.
Diversos brasileiros estavam no festival de música
eletrônica Universo Paralello, atacado no sábado (7) pelo grupo extremista
armado Hamas. O ataque deixou mais de 260 mortos apenas na festa.
Com Inf: G1 | Foto: Reprodução/Redes Sociais; P Photo/Adel
Hana
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