Ratinho Jr e Cida fazem primeira reunião de transição
- 17/10/2018
O governador eleito Ratinho
Junior (PSD) e a governadora Cida Borghetti (PP), derrotada no primeiro turno
das eleições de 2018 se reúnem hoje, no Palácio Iguaçu, para a primeira reunião
de transição de governo. Ontem, em reunião com o secretariado, Cida anunciou
que vai editar um decreto que pretende organizar as atividades e assegurar
transparência na troca de informações entre as duas equipes. Ratinho Jr – que
voltou a Curitiba na segunda-feira após um período de descanso depois da
campanha vitoriosa – deve indicar os nomes de sua equipe que irão participar do
processo, marcado para começar oficialmente em 3 de dezembro.
A transição deve envolver
representantes da equipe de Cida e indicados pelo futuro governador. “Esta
comissão será o canal oficial de troca de informações do governo”, afirmou
ontem a governadora.
Entre os nomes cotados para
compor a equipe do governador eleito está o ex-ministro Reinhold Stephanes, um
dos coordenadores da campanha, além do ex-secretário de Agricultura, Norberto
Ortigara e do vice Darci Piana, ex-presidente da Fecomércio. Entre as
lideranças que influir na composição do novo governo estão o ex-prefeito de
Londrina Alexandre Kireff (PODE), o ex-prefeito de Cascavel Leonaldo Paranhos
(PSC), o prefeito de Maringá Ulisses Maia, o deputado federal reeleito e
presidente do PPS do Paraná, Rubens Bueno e o presidente da Assembleia
Legislativa, Ademar Traiano (PSDB), que apesar de integrar a chapa de Cida
apoiou Ratinho Jr na campanha.
Continuidade - O secretário
estadual de Desenvolvimento Urbano, Silvio Barros, afirmou que o governo se
empenha para fornecer informações corretas ao novo governo. “Trabalhar em cada
secretaria para que projetos que estão em andamento e que devem continuar sejam
informados devidamente à nova equipe de governo para que eles possam avaliar o
interesse de dar continuidade independente de questões político-partidárias”,
disse.
Silvio Barros afirmou que na
primeira reunião, Ratinho Jr deve apresentar suas propostas consolidadas para o
Estado para que o governo possa encaixar na transição. A intenção da reunião é
negociar o apoio da base do governo na Assembleia Legislativa para que vote as
propostas emtramitação em consonância com o grupo de Ratinho Jr. “Existem
algumas leis que precisariam ser aprovadas até o final do ano e que precisam
obviamente de uma negociação de toda a base da Assembleia e uma sinalização de
que o governador eleito tenha algumas leis que ele gostaria que fossem
aprovadas também neste ano para que ele possa iniciar o governo dentro de um
arcabouço adequado no que ele propõem”, explicou. “Essa negociação será feita
entre os dois para que as leis que sejam de interesse da ambas as partes pela
base, pela maioria dos deputados”, afirmou Barros.
Prioridades - Entre as
prioridades do governo está a aprovação de um anteprojeto de lei que propõe o
parcelamento de dívidas tributárias estaduais das empresas, a “Lei do Refis”. O
governo também tem interesse em manter benefícios fiscais a empresas, previstos
na Lei Complementar Federal 160/17, que prevê tratamentos tributários
diferenciados concedidos pelos Estados sem a prévia aprovação do colegiado
formado pelos secretários de Fazenda de todo o País.
“As (leis) que serão propostas
pelo governador eleito nós não sabemos. Mas as leis que nós precisamos e temos
interesse em aprovar se referem, por exemplo, à consolidação e à convalidação
dos incentivos fiscais. O Confaz (Conselho Nacional de Política Fazendária)
estabeleceu uma data limite, 28 de dezembro, e o que não estiver aprovado, cai.
Essa consolidação e convalidação precisa ser aprovada pela Assembleia”, disse o
secretário.
Eleito precisará de apoio da base
de Cida
Segundo o secretário do
Desenvolvimento Urbano do governo Cida Borghetti, Silvio Barros, o governador
eleito Ratinho Júnior (PSD) deve apresentar na primeira reunião de transição,
hoje suas propostas concretas para além do que foi exposto na campanha. Entre
as questões polêmicas pendentes está um eventual reajuste para os servidores do
Executivo, no mesmo índice de 2,76% proposto para os funcionários do
Legislativo, Judiciário e Ministério Público. Durante a campanha, a bancada
controlada por Ratinho Jr na Assembleia Legislativo apresentou emenda para
unificar o reajuste, mas a proposta acabou vetada pela governadora.
“Amanhã (hoje), com certeza, o
governador eleito apresentará as suas propostas. Aquilo que ele propôs na
campanha, que ele quer adequar à estrutura do Estado, provavelmente apresentará
e precisará da nossa base (na Assembleia) para poder aprovar”, disse Silvio
Barros.
Um projeto de lei com os
orçamentos e despesas enviado pelo governo do Estado na semana passada para a
Assembleia Legislativa prevê uma receita de pouco mais de R$ 54 bilhões em
2019. O valor representa queda de R$ 2 bilhões em comparação com o previsto para
este ano, de R$ 56 bilhões. O principal motivo é a redução nas receitas de
capital e em receitas intra-orçamentárias correntes, que juntas previam R$ 9,8
bilhões em 2018, mas que passará a ter uma meta de R$ 4,8 bi em 2019.
Na reunião com o secretariado, foi sugerido um calendário de obras e ações que serão entregues ainda neste ano. “Temos muitas ações em andamento e vamos finalizá-las até dia 31 de dezembro para entregar um Estado muito melhor do que recebemos. Já garantimos no orçamento do próximo ano quase R$ 2 bilhões a mais para as áreas da saúde, segurança e educação”, declarou Cida.
Bem Paraná
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