Barcos marca de novo, Cruzeiro elimina o Palmeiras e vai à final da Copa do Brasil
- 27/09/2018
O Cruzeiro está na final da Copa
do Brasil. Em duelo na noite desta quarta-feira, no Mineirão, a Raposa empatou
com o Palmeiras por 1 a 1 e se garantiu na decisão do torneio para enfrentar o
Corinthians em busca do bicampeonato consecutivo após triunfo magro no Allianz
Parque. Barcos aplicou novamente a Lei do Ex no primeiro tempo morno, Felipe
Melo empatou na etapa final, mas o Verdão não conseguiu a virada que levaria
para os pênaltis.
Antes de a bola rolar, a festa já
era espetacular no Mineirão. Animada, a torcida do Palmeiras cantou sem parar
desde o início do aquecimento de seus goleiros até o final dos trabalhos em
campo, com cantos de “time da virada” e “Palestra Itália só tem um”. A torcida
celeste, guardando os gritos para quando a bola começasse a rolar, e talvez
prevendo o final feliz, pouco se manifestou.
Fugindo do habitual, a equipe de
Luiz Felipe Scolari fez um longo aquecimento: entrou antes e deixou o gramado
depois dos cruzeirenses. Tudo com o intuito de ‘sentir’ o jogo. Mas quando o
árbitro Wagner Magalhães apitou o início da decisão, os alviverdes pareciam
ainda não ter entendido a dinâmica da partida.
Precisando de ao menos um gol, o
Verdão entrou receoso de ver sua defesa vazada e permitiu que o Cruzeiro
acalmasse os ânimos no início. O desempenho ruim de Borja, Marcos Rocha e
Willian, além de todo o setor de meio-campo, somado à linha defensiva baixa,
fez com que a Raposa tivesse tranquilidade para se defender, retomar as segundas
bolas e avançar com espaço.
E justamente em uma sequência de
erros individuais, o Cruzeiro abriu o placar aos 26 minutos do primeiro tempo.
Diogo Barbosa perdeu disputa no ataque, Antônio Carlos tentou deixar Barcos
impedido, mas errou, e Weverton foi lento ao sair do gol e tentar abafar o
argentino, que o driblou e mandou para as redes. Foi a nova ‘Lei do Ex’ na
semifinal, já que o camisa 28 já havia marcado no Allianz Parque.
O Palmeiras não conseguia furar o
bloqueio defensivo dos mandantes, e a primeira e única finalização da equipe na
etapa inicial saiu apenas aos 39 minutos, com Moisés, que obrigou bela defesa
de Fabio. O Cruzeiro ainda teve nova chance antes do intervalo, quando Rafinha
se aproveitou de novo erro de Marcos Rocha, escolha de Felipão para a partida,
mas bateu fraco. Apenas três chutes no total em 45 minutos iniciais de pouca inspiração
dos dois lados.
Segundo tempo ganha em emoção, Palmeiras reage, mas não o suficiente
Ao apito final do primeiro tempo,
a torcida visitante, muito barulhenta durante todo o jogo, se calou de
preocupação. O Palmeiras de Felipão havia saído atrás no placar apenas três
vezes, sem ter conseguido vencer em nenhuma destas (duas derrotas e um empate).
Bastaram quatro minutos após o intervalo, porém, para a esperança e os gritos
voltarem ao lado verde das arquibancadas.
Após reclamar muito com Borja
durante todo o primeiro tempo, Felipão sacou o colombiano, junto com Bruno
Henrique, e colocou Deyverson e Guerra em campo. E com quatro jogados, Dudu
cobrou escanteio, Felipe Melo ganhou de Dedé pelo alto, mandou para as redes e
fez renascer a esperança palestrina. Redenção para o camisa 30, único volante
em campo e que havia acabado de levar um cartão amarelo.
O gol fez o Palmeiras adiantar
suas linhas e pressionar o Cruzeiro, que permitiu o abafa na esperança de
conseguir um contra-ataque para matar o jogo. Mano Menezes sacou Thiago Neves e
Barcos para as entradas de Bruno Silva e Sassá. As alterações fecharam ainda
mais a equipe, mas o centroavante deu muito trabalho em jogadas de pivô na frente.
O posicionamento ofensivo fez o
Alviverde levar perigo, mas erros de passe, a falta de ritmo de jogo de Guerra,
que se movimentou bem, mas esteve mal tecnicamente e o cansaço pelos mais de
oito mil quilômetros de viagem em uma semana não permitiram o segundo gol
visitante.
O Cruzeiro, por sua vez, melhor
fisicamente, equilibrou as ações nos 15 minutos finais e quase balançou as
redes em cabeçada de Dedé. A defesa de Weverton, porém, não fez falta para a
Raposa, que com o empate por 1 a 1, se classificou à final da Copa do Brasil.
Após o apito final, a bonita
festa no Mineirão se transformou em cenas lamentáveis. Um entrevero
generalizado entre os atletas, com direito a socos desferidos dos dois lados
causou a expulsão de Diogo Barbosa e Mayke pelo lado palestrino, e Sassá pelo
time celeste.
FICHA TÉCNICA
CRUZEIRO 1 x 1 PALMEIRAS
Data: 26 de setembro de 2018,
quarta-feira
Local: Estádio do Mineirão, em
Belo Horizonte
Horário: 21h45 (de Brasília)
Árbitro: Wagner Magalhães (Fifa)
Assistentes: Rodrigo Correa
(Fifa) e Kleber Lúcio Gil (Fifa)
Cartões amarelos: Egídio (CRU);
Felipe Melo, Borja, Deyverson, Antônio Carlos e Willian (PAL)
Cartões vermelhos: Sassá (CRU);
Mayke, Thiago Santos e Diogo Barbosa (PAL)
Gols:
CRUZEIRO: Barcos, aos 26 minutos
do 1º Tempo
PALMEIRAS: Felipe Melo, aos 4
minutos do 2º Tempo
CRUZEIRO: Fábio; Lucas Romero,
Léo, Dedé e Egídio; Henrique, Lucas Silva, Thiago Neves (Bruno Silva) e Robinho
(Mancuello); Rafinha e Barcos (Sassá)
Técnico: Mano Menezes
PALMEIRAS: Weverton; Marcos
Rocha, Antônio Carlos, Edu Dracena e Diogo Barbosa; Felipe Melo, Bruno Henrique
(Guerra) e Moisés (Jean); Dudu, Willian e Borja (Deyverson)
Técnico: Felipão
Gazeta Esportiva
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