Do clima à logística, produtores iniciam plantio com alto grau de incerteza

  • 14/09/2018

Foi dada a largada para a safra 2018/19 de soja no Brasil. As principais regiões produtoras já estão com seus trabalhos de campo em curso e no Paraná o vazio sanitário já terminou. Os próximos estados a terem o período finalizado agora são Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e São Paulo, no dia 15, e Minas Gerais e Goiás no dia 30. As atenções dos produtores, portanto, estão todas voltadas para as previsões climáticas.

Ainda no radar dos sojicultores, estão os custos de produção, a influência da intensa volatilidade cambial - ocasionada, principalmente, pela cena da corrida presidencial -  nos custos de produção e na comercialização e na demanda forte pela soja brasileira diante de uma disputa comercial entre China e Estados Unidos que ainda não se resolveu e segue atraindo os compradores chineses para o mercado nacional.

A questão dos fretes e do tabelamento dos valores é outra preocupação do produtor de soja nesta nova temporada. Os negócios com o produto 2018/19 estão atrasados, além de outros fatores, pela incerteza sobre os custos logísticos que essa situação gerou. Há elos em toda a cadeia produtiva evitando grandes negócios antecipados por não terem conhecidos os gastos com o transporte dessa produção.

E no final da última semana, a ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres) trouxe ainda a definição de uma indenização pelo não cumprimento dos valores da tabela.

Segundo uma avaliação da ANEC (Associação Nacional dos Exportadores de Cereais), a nova tabela de fretes rodoviários poderia impactar o setor de grãos em R$ 3,4 bilhões.

"É um passivo que as empresas nem sabem como fazer. Dentre os compromissos que tem, principalmente com soja, com o comércio internacional. Tem a China, que está comprando mais do Brasil por causa da disputa com os Estados Unidos. O Brasil não tem como deixar de fornecer", afirmou Sérgio Mendes, diretor geral da instituição á Reuters. "Se antes a tabela já era super pesada, impossível de se imaginar, agora fica pior ainda... A tabela anterior, ou qualquer tabela, para o setor, onde as margens são extremamente estreitas, qualquer coisa que você insere aí não tem como repassar. Você tem de deglutir esse custo adicional", completou.

Clima

Segundo especialistas e agências climáticas, a tendência é de que, nas próximas duas semanas, as chuvas voltem a ser registradas, porém, de forma ainda isolada e de baixo volume. E os sojicultores aguardam essas precipitações com ansiedade, uma vez que o mapa de água disponível no solo mostra níveis mais preocupantes na região Centro-Oeste. As chuvas dos últimos 90 dias, afinal, foram pouco expressivas.

Notícias Agrícolas

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