STJ rejeita novo habeas corpus de Richa e Fernanda contra prisão
- 14/09/2018
A ministra Laurita Vaz, do
Superior Tribunal de Justiça, rejeitou nesta quinta-feira (13), pedido de habeas corpus da defesa
do ex-governador e candidato ao Senado, Beto Richa (PSDB) e de sua esposa, a
ex-secretária da Família, Fernanda Richa, presos desde a última terça-feira, na
operação “Rádio Patrulha”, do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime
Organizado (Gaeco) do Ministério Público estadual, que investiga suspeita de
fraudes em obras de estradas rurais. Na noite de quarta-feira, o mesmo pedido
para libertar o tucano e sua mulher já havia sido negado pelo desembargador
Laertes Ferreira Gomes, do Tribunal de Justiça do Paraná (TJ). A defesa do
tucano recorreu então ao STJ.
A prisão temporária é válida por
cinco dias, podendo ser prorrogada por mais cinco ou convertida em preventiva,
sem prazo. Na decisão de quarta-feira, o desembargador do TJ afirmou que as
prisões são necessárias para evitar que eles e os demais detidos deturpem a
investigação “orientando testemunhas e destruindo ou alterando documentos”.
Richa e Fernanda são acusados de participar de um esquema que teria desviado
mais de R$ 70 milhões através de fraude em licitações do programa “Patrulha do
Campo”, de obras de melhorias em estradas rurais. Eles negam as acusações. As
denúncias foram baseadas nas delações do ex-diretor-geral do Departamento de
Estradas de Rodagem (DER/PR), Nelson Leal Júnior e do ex-deputado estadual Tony
Garcia, amigo de infância do ex-governador.
Laurita Vaz negou, de uma só vez,
em julho, 143 habeas corpus que pediam a liberdade do ex-presidente Luiz Inácio
Lula da Silva. Um ano antes, havia concordado com o benefício da prisão
domiciliar ao ex-médico Roger Abdelmassih, condenado 278 anos de prisão pelo
estupro de 37 pacientes em sua clínica de reprodução humana. O habeas corpus do
casal Richa não tem prazo para ser analisado.
Um dos três filhos do casal,
André Richa, também investigado na Operação Rádio Patrulha, prestou depoimento
ontem na sede do Grupo de Atuação Especial no Combate ao Crime Organizado
(Gaeco). O irmão de Beto, o ex-secretário de Infraestrutura, José Pepe Richa,
que também está preso prestou depoimento por volta das 15 horas. Beto e
Fernanda que inicialmente deviam ser ouvidos hoje, devem depor amanhã.
Transferido - Além de Beto e
Fernanda, Pepe Richa também foi transferido, hoje, para o Regimento da Polícia
Montada, no bairro Tarumã, em Curitiba. Os outros 12 presos na operação do
Gaeco estão no Complexo Médico-Penal, em Pinhais (região metropolitana de
Curitiba), na Galeria 6 da detenção, conhecida por abrigar presos da Operação
Lava Jato.
Estão entre os presos pelo Gaeco o ex-secretário Ezequias Moreira, o ex-diretor Geral da Secretaria de Infraestrutura Aldair Petry, o empresário Celso Frare, da empresa Ouro Verde, e o contador Dirceu Pupo. Também foram alvos de mandados de prisão, Edson Casagrande, ex-secretário de Assuntos Estratégicos, e o empresário Joel Malucelli. Casagrande se entregou hoje. Na terça-feira, Malucelli alegou estar em viagem à Itália e a assessoria informou que ele aguardaria orientação de seus advogados.
Bem Paraná
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