Cúpula do PSL suspende deputados fiéis a Bolsonaro, incluindo dois do Paraná
- 05/02/2020
A Executiva Nacional do PSL deterrminou nesta terça-feira (4) nova suspensão das atividades de Eduardo Bolsonaro (SP) e outros 16 parlamentares alinhados ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido), na tentativa de recuperar a liderança do partido na Câmara Fexdeeral. A lista inclui dois deputados federais paranaenses: Aline Sleutjes e Filipe Barros, que ficaram ao lado de Bolsonaro na briga entre o presidente da República e a direção nacional da sigla, comandada por Luciano Bivar.
A medida ainda precisa ser referendada pelo diretório nacional da legenda, que tem reunião marcada para o próximo dia 11.
Uma parte da direção da sigla tende a rejeitar a decisão de ontem para evitar prolongar a briga interna no PSL, que se arrasta desde outubro de 2019. Dirigentes ligados a Bivar, porém, acreditam que é necessário reforçar a posição contrária à conduta dos bolsonaristas para isolá-los internamente.
No ano passado, 14 deputados federais já haviam sido suspensos pelo partido e tiveram a decisão homologada pela Câmara. Filipe Barros é um dos articuladores, no Paraná, da formação da “Aliança pelo Brasil”, novo partido de Bolsonaro. Ele, inclusive, vem rodando o Estado com um ônibus apelidado de “Busão da Aliança”, em busca de apoio para a criação da nova sigla.
Maioria
Depois disso, novas representações contra o grupo foram apresentadas na comissão de ética do PSL, no final do ano. Nestes novos questionamentos à conduta dos deputados, foram usados como argumento o fato de eles fazerem campanha pela desfiliação de integrantes do PSL e apoio à Aliança pelo Brasil, partido que Jair Bolsonaro tenta criar. A comissão de ética entendeu que eles incorreram em infidelidade partidária e por isso recomendou aos dirigentes da legenda a aplicação de sanções.
Dos parlamentares suspensos, apenas Helio Negão, Tonietto e Sleutjes haviam sido sancionados com advertência no ano passado. Além deles, foi sugerida a suspensão dos deputados estaduais Gil Diniz (SP) e Douglas Garcia (SP). Dirigentes do partido entendem que a decisão da Justiça que impediu um grupo da sigla de ser suspenso da atividade parlamentar não o protege de novas sanções.
Com inf, Bem Paraná com agências | Foto: Cleia Viana/Câmara dos Deputados
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