Ministério da Agricultura confirma caso de vaca louca no Mato Grosso
- 01/06/2019
O Ministério da Agricultura confirmou, no fim desta tarde, um caso de
Encefalopatia Espongiforme Bovina, também conhecida como mal da vaca louca, no
Mato Grosso. A pasta informou que a ocorrência é isolada e não traz risco para
a população.
Segundo a Secretaria de Defesa Agropecuária do ministério, o caso foi
registrado numa vaca de corte de 17 anos. O animal foi abatido e teve o
material de risco de contaminação retirado e incinerado no próprio matadouro.
Os produtos derivados da vaca foram identificados e apreendidos
preventivamente.
Com as medidas preventivas tomadas, a pasta descarta o risco de a
doença passar para a população porque não houve ingresso de nenhum resíduo do
animal na cadeia alimentar de humanos e de ruminantes. O Ministério da
Agricultura reiterou que a doença, na variedade atípica, ocorre de maneira
aleatória, espontânea e esporádica, sem estar relacionada à ingestão pelo
animal de alimentos contaminados.
Após a confirmação do caso, que só saiu hoje (31), o Brasil notificou
oficialmente a Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) e os países
importadores. No entanto, todas as ações sanitárias para eliminar o risco foram
tomadas preventivamente pelo Ministério da Agricultura e pelo Instituto de
Defesa Agropecuária de Mato Grosso, antes mesmo da emissão do laudo final da
morte do animal. A propriedade de origem tinha sido interditada imediatamente
após a detecção da suspeita.
O Ministério da Agricultura ressaltou que o caso isolado não mudará a
classificação de risco do Brasil para a doença. O país continuará a ser
considerado de risco insignificante. Em mais de 20 anos desde que o mal da vaca
louca foi descoberto, o Brasil registrou somente três casos de EEB atípica,
contraída de forma isolada, e nenhum caso de EEB clássica, quando a doença é
contraída pela ingestão de carne do animal contaminado.
Sobre a doença
Doença cerebral em bovinos adultos que pode ser transmitida aos seres
humanos pela ingestão de carne contaminada, o mal da vaca louca é causada por
proteínas alteradas e não tem cura nem tratamento. O cérebro das vítimas perde
massa e torna-se uma esponja, com o paciente sofrendo acelerada deterioração
mental e entrando em coma em poucos meses. Não existe transmissão de uma pessoa
para outra.
No fim dos anos 1990, alguns países da Europa enfrentaram um surto de
casos de vaca louca por causa do consumo, por outros animais, de ração
processada de bovinos afetados pela doença.
Agência Brasil
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