'Foi um milagre', diz motorista de carro que amorteceu a queda de criança de 3 anos do quinto andar de prédio em SP
- 25/05/2019
'Ela abriu os olhos e veio em minha direção', disse motorista.
O motorista do carro sobre o qual uma criança de 3 anos caiu da janela do quinto andar de um prédio na Avenida Corifeu de Azevedo Marques, no Jaguaré, na Zona Oeste de São Paulo, disse que a menina chegou a "subir dois metros" após bater no capô e no para-brisas do carro e depois caiu no chão. E que "foi um milagre" ver que ela ficou bem depois de tudo o que aconteceu.
A polícia investiga se a mãe de 29 anos jogou a menina da janela. Duas
horas depois, a mulher incendiou as cortinas do apartamento e se atirou.
As duas estão internadas no Hospital das Clínicas. A Secretaria de
Segurança Pública (SSP) disse que, mesmo internada, a mulher foi presa em
flagrante por tentativa de homicídio e incêndio. A SSP informou também que a
mãe será encaminhada para audiência de custódia, para saber se permanece presa
ou não, após alta médica.
"Tenho um sentimento de felicidade de ver a menina tão bem depois de uma cena tão chocante. É uma coisa inacreditável", disse Carlos Alberto Agili Júnior.
"Foi um milagre. A menina está bem. Se você ver o meu carro como
ficou não dá para falar que a menina está tão bem assim."
O homem estava chegando do supermercado com a esposa quando a criança
caiu sobre seu carro. "Quando estávamos chegando em casa, no minuto que
fui guardar o carro em nossa vaga a menina caiu", afirmou.
"Pensei que fosse uma cadeira, qualquer coisa, menos uma pessoa.
Não deu para ver. Assim que ela caiu no vidro o corpo voou uns dois metros para
cima. Ela quicou igual uma bola. Quando ela caiu no chão, ela ficou desacordada
uns três segundos. Ela abriu os olhos e veio em direção a mim. Fiquei com tanto
medo. Nunca vi uma cena assim. Minha esposa, que é cadeirante, pegou ela no
colo mostrou uns vídeos infantis, começou a conversar, e ela não sentia nenhuma
dor."
Segundo o motorista, ele viu quando a mãe de menina se debruçou na
janela do apartamento.
"A mãe estava tentando pular em seguida. Fiz o máximo, tentei
convencer para que ela não pulasse. Falava coisas sem nexo, ela estava com
problemas psiquiátricos. Entrei na viagem dela, e ela começou a se acalmar mais
ou menos."
O morador disse que a mãe morava no condomínio há três meses e teria se
separado do marido. A avó da criança deverá depor para dizer se a filha sofria
de problemas psiquiátricos.
Como foi o caso
A Polícia Militar foi chamada por volta de 0h30 desta sexta-feira (24)
e a informação que chegou para os policiais, por meio do serviço 190, era de
que a criança tinha sido jogada pela mãe, uma mulher de 29 anos. A PM afirmou
que a menina estava dormindo na hora da queda.
O policial militar Daniel César Garcia, que esteve na hora da ocorrência,
disse que chegou a conversar com a criança após a queda. "Perguntei se ela
se lembrava do que tinha acontecido, ela me disse que não, que tava dormindo e
que só acordou quando chocou com o carro."
Enquanto a menina era socorrida, a mãe estava trancada sozinha no
apartamento e os bombeiros tentaram negociar a saída dela. Por volta das 2h30,
a mulher colocou fogo nas cortinas da casa. Garcia disse que, quando os
bombeiros tentaram entrar no apartamento para evitar o incêndio, a mulher pulou
pela janela.
Segundo a polícia, mãe e filha foram levadas para o Hospital das
Clínicas (HC). A criança teve ferimentos leves por conta do impacto contra o
para-brisa do carro na hora da queda. Por volta das 12h10, a menina havia saído
do pronto-socorro do HC e tinha sido encaminhada para o Instituto da Criança,
também pertencente ao hospital. O quadro dela permanecia estável.
G1
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