Trump autoriza ataque a Síria
- 13/04/2018
O presidente americano Donald Trump anunciou nesta
sexta-feira (13) que um ataque está em andamento contra estabelecimentos de
armas químicas na Síria, em resposta ao suposto ataque químico do dia 7 de
abril. Segundo Trump, o ataque é realizado em conjunto com a França e o Reino
Unido.
"Ordenei as forças armadas dos Estados Unidos a lançar ataques precisos em
alvos associados com estabelecimentos de armas químicas do ditador sírio Bashar
al-Assad", disse Trump em pronunciamento na Casa Branca.
Segundo o presidente, o uso de armas químicas na cidade de Duma foi uma
escalada significativa e disse que as ações de Assad são ações "de um
monstro".
"A resposta combinada americana, britânica e francesa
responde a essas atrocidades integrará todos os instrumentos do nosso poder
nacional: militar, econômico e diplomático", afirmou.
Trump vinha ameaçando há dias uma resposta ao ataque químico
na cidade de Duma. Já no domingo (8), em uma mensagem no Twitter, ele afirmou
que Rússia e Irã eram responsáveis por apoiar o “animal” Assad e que haveria um
“grande preço” a pagar.
Gás químico em Duma
O ataque em que um gás tóxico teria sido utilizado aconteceu
no sábado e deixou dezenas de mortos e feridos. A acusação do suposto ataque
químico contra o governo partiu do grupo rebelde sírio Jaish al-Islam. Eles
acusam o regime de Assad de lançar um barril-bomba com substâncias químicas
venenosas contra civis.
Duma fica na região de Guta Oriental, onde desde fevereiro o
governo sírio promove uma ofensiva para retomar o controle das mãos dos
rebeldes. A cidade, que é a maior dessa região, é um dos últimos redutos dos
combatentes que lutam contra Assad.
Os governos da Síria e da Rússia insistem em dizer que não
houve ataque químico e disseram que estão dispostos a receber e facilitar uma
visita segura de investigadores da Organização para a Proibição das Armas
Químicas (Opaq) para estudar as denúncias.
Primeiro ataque dos EUA
O primeiro – e único até então – ataque direto dos EUA na
Síria tinha acontecido há um ano, em 6 de abril de 2017, e também foi uma
reação a um ataque químico atribuído ao regime de Bashar Al-Assad, que havia
deixado 86 mortos dois dias antes.
Naquela ocasião, forças americanas lançaram 59 mísseis Tomahawk contra a base aérea de Al Shayrat, perto de Homs, por volta das 21h40 (hora de Brasília), 4h40 na hora local da Síria. Os mísseis foram lançados de dois porta-aviões e tiveram como alvos “aeronaves, abrigos de aviões, áreas de armazenamento de combustível, logística e munição, sistema de defesa aérea e radares”.
G1
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