Supremo diz ‘não’ a Lula. Saiba o que pode acontecer
- 05/04/2018
Por seis votos a cinco, o Supremo Tribunal Federal rejeitou
na madrugada desta quinta-feira (5) pedido de habeas corpus do ex-presidente
Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para evitar a prisão pela condenação em segunda
instância. O recurso dividiu os ministros, levando a decisão a ser tomada pela
presidente da Corte, Cármen Lúcia, que desempatou o resultado final. Com isso,
Lula poderá ter a prisão determinada pelo juiz Sérgio Moro, da Justiça Federal
de Curitiba, autor da condenação original. Os ministros Edson Fachin, Alexandre
de Moraes, Luiz Roberto Barroso, Rosa Weber e Luiz Fux votaram pela rejeição do
pedido. Celso de Mello, Gilmar Mendes, Dias Toffoli, Ricardo Lewandowski e
Marco Aurélio de Melo votaram favoravelmente ao recurso.
Defesa de Lula ainda pode recorrer ao TRF-4 contra prisão
Apesar da decisão de sta quinta-feira (5) do Supremo Tribunal Federal de rejeitar o habeas corpus, a defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ainda pode recorrer ao Tribunal Regional Federal da 4ª Região contra a prisão pela condenação no caso do tríplex. Com a derrota no STF, Lula poderá ser preso depois de esgotados os recursos ao TRF-4. A defesa do petista tem até a próxima segunda-feira para decidir se apresenta recurso ao tribunal de Porto Alegre.
Por volta de 0 hora, a defesa de Lula ainda tentou um último recurso, mas não obteve sucesso. O advogado José Roberto Batochio, que representa o ex-presidente,tentou evtar que a presidente da Corte, ministra Cármen Lúcia, votasse e desempatasse o julgamento. Empates em habeas corpus beneficiam o paciente --no caso, Lula. O pleito foi submetido à votação pela própria Cármen e rejeitado por unanimidade. “Quando é matéria constitucional, o presidente vota”, explicou.
Os ministros também negaram outro pedido de última hora da defesa de Lula, para ue o petista não pudesse ser preso até que fosse publicado o acórdão do julgamento. O acórdão é o documento que traz o resultado oficial do julgamento, com a decisão e a posição de cada ministro.
Em voto curto, Cármen disse que continuava com o mesmo entendimento que marcou o seu voto desde 2009, quando o STF mudou o entendimento sobre a prisão após condenação em segunda instância pela primeira vez. Na ocasião, a Corte passou a adotar a orientação de que um condenado só poderia ser preso após o esgotamento de todos os recursos. Ela foi voto vencido. “Esta é uma matéria realmente muito sensível”, comentou a ministra, que em 2016 integrou o grupo vencedor. Cármen começou a votar depois da 0h desta quinta.
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