Boletim agropecuário mostra transição entre as safras de grãos e batata no Paraná
- 10/01/2025
O primeiro Boletim de Conjuntura Agropecuária do ano,
preparado pelo Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria de Estado
da Agricultura e do Abastecimento (Seab), mostra como a primeira safra das
culturas de milho, soja, feijão e batata caminham para o fim, dando espaço para
a segunda safra que já iniciou.
Entre os grãos, os destaques nesse período são o milho e o
feijão de segunda safra, que já tiveram seus plantios iniciados e devem ocupar
uma área de 2,5 milhões e 381 mil hectares, respectivamente, com o total de 32
mil hectares já plantados.
Os plantios de feijão estão 6% efetuados e mais concentrados
em sucessão às áreas colhidas para produção de silagem, e as áreas de milho
encontram-se com quase 1% semeadas e sucedem áreas da primeira safra de feijão.
A evolução do plantio deve ocorrer com o avanço da colheita
da soja que ocupa 5,7 milhões de hectares (ou 93% da área dedicada a grãos na
primeira safra) e que, por enquanto, encontra-se com menos de 1% colhido e 12%
em maturação.
O agrônomo do Deral, Carlos Hugo Godinho, explica que a
colheita da soja pode avançar significativamente ainda neste mês. “Com o passar
dos dias agora em janeiro, a gente deve evoluir na colheita da soja. E se
voltar a chover, esses trabalhos devem se acelerar e podem ter um bom
desempenho no Paraná”, afirma.
A primeira safra da batata também caminha para o fim. Com
16,9 mil hectares, se encontra totalmente plantada e com 60% desta superfície
já colhida, o que corresponde a 10,1 mil hectares. Com a grande oferta e com o
cenário atual, a tendência é de diminuição nos preços.
A segunda safra vem ganhando espaço. Da área de 11,2 mil
hectares estimada para o plantio da segunda safra da batata, 39% já estão no
solo, equivalendo a 4,4 mil hectares.
TRIGO – Segundo o boletim, as últimas áreas colhidas de
trigo apresentaram bom desempenho, fazendo a estimativa de produção aumentar de
2,31 milhões de toneladas para 2,36 milhões. Apesar disso, a produção de 2024 é
38% inferior ao potencial das lavouras (3,8 milhões) e 36% inferior à produção
obtida em 2023 (3,6 milhões).
LEITE – 2024 fechou o ano com o preço pago ao produtor de
leite por litro posto na indústria em queda. Pesquisas do Deral apontam o litro
comercializado em R$ 2,83. No entanto, mesmo com essa diminuição, a média
mensal de dezembro ainda foi a terceira mais alta do ano, que foi marcado por
muitas adversidades climáticas generalizadas que impactaram nos preços.
FRUTAS – O documento também apresentas os Dados das
Estatísticas de Comércio Exterior do Agronegócio Brasileiro/AGROSTAT sobre
frutas, que apontam que, no viés da exportação, houve uma variação positiva de
2% em relação aos numerários transacionados em 2024, que representa US$ 1,377
bilhão vendidos contra US$ 1,349 bilhão em 2023.
No entanto, os volumes negociados em 2024 foram menores do
que o ano anterior, representando 1,094 milhão de toneladas no ano passado
contra 1,108 milhão de toneladas em 2023, apontando um aumento no valor das
frutas nacionais.
AEN | Foto: Jaelson Lucas/Arquivo AEN
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