IAT proíbe pesca em quatro Bacias Hidrográficas do Paraná para preservar fauna
- 12/09/2024
Em razão do período crítico de escassez hídrica em
decorrência da longa estiagem no Estado, o Instituto Água e Terra (IAT) proibiu
a pesca, em todas as suas modalidades, em quatro Bacias Hidrográficas do
Paraná: Rio das Cinzas, Ivaí, Piquiri e Tibagi. A medida veda também o
transporte de pescados sem a devida comprovação de origem.
A Portaria nº 348/2024 , que regulamenta a ação, será
publicada no Diário Oficial do Estado desta quinta-feira (12). A decisão é por
tempo indeterminado, até que os rios das regiões voltem ao nível normal, que
possibilite a dispersão dos cardumes.
A peça jurídica prevê apenas uma exceção, para uma pequena
colônia de pescadores profissionais do Rio Ivaí que têm na atividade a forma de
garantir a subsistência. Neste caso, eles podem seguir com a pesca apenas no
trecho demarcado, de aproximadamente 163 km do Ivaí, entre o Porto de Areia, em
Ivaiporã, no Vale do Ivaí, e a confluência do Rio Keller, em Itambé, na região
Noroeste.
A fiscalização, de acordo com a Portaria, será exercida pelo
Poder Público por meio dos órgãos ambientais competentes, como IAT e Instituto
Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), além do
Batalhão da Polícia Ambiental (BPAMB – Força Verde), Polícias Militar e Civil.
As penalidades estão previstas na Lei Federal nº. 9.605/98 e
no Decreto Federal nº 6.514/08 e incluem punições como multas administrativas,
interdição temporária de direitos e suspensão parcial ou total de atividades,
entre outras.
“Essas bacias são as que se encontram mais afetadas pela
escassez hídrica no Paraná, com os rios em níveis bastante baixos. Buscamos,
com isso, preservar as espécies e garantir a vida nos rios paranaenses”, afirmou
o gerente de Monitoramento e Fiscalização do IAT, Álvaro Cesar de Goes.
PERÍODO CRÍTICO – A Defesa Civil do Paraná reforçou nesta
quarta-feira (11) que o Paraná atravessa o período mais crítico para a
ocorrência de queimadas florestais em razão do tempo seco, baixa umidade do ar
e falta de chuvas. Segundo o Corpo de Bombeiros, foram registrados mais de 10
mil focos de incêndio no Estado de janeiro a agosto deste ano.
Situação que fez com que o governador Carlos Massa Ratinho
Junior decretasse situação de emergência em por causa da estiagem. A Secretaria
de Estado do Desenvolvimento Sustentável (Sedest) também está finalizando uma
resolução técnica para mitigar os efeitos da seca no Paraná.
AEN | Foto: IAT-PR
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