Oficina aponta produção em pequena escala para o selo Arte no Brasil
- 23/01/2019
Mais de 200 pessoas,
representantes de 42 municípios, se reuniram em Santa Helena e elencaram um
conjunto de propostas que, agora será encaminhado ao Grupo de Trabalho
responsável pela redação da lei de regulamentação de caracterização sobre o que
são produtos artesanais de origem animal, e outras especificações. Produtores e
técnicos estiveram juntos, em 10 grupos que abordaram o tema na última
sexta-feira na oficina ‘Normas Sanitárias Aplicadas à Lei de Produtos
Artesanais para Alimentos de Origem Animal, identificada como Lei 13.680/18’.
As propostas visam auxiliar na
regulamentação da lei que instituirá um selo único, com validade nacional, para
a comercialização de produtos artesanais de origem animal. Dentre as
preocupações está a caracterização.
Dentre as propostas, os grupos
destacaram que, a produção deve ocorrer em pequena escala com respeito as
especificidades de cada produto; devem ser utilizados ingredientes naturais com
limitação de percentual para aditivos químicos; a estrutura física não pode ser
maior que 250 metros quadrados; os produtores devem ser fiscalizados pelo Serviço
de Inspeção Municipal (SIM-POA); identificação com o rótulo de produto
artesanal e priorizar a agricultura familiar.
Todas estas sugestões serão encaminhadas para compor a lei de regulamentação e caracterização, porém, não significa a garantia de que serão todas aceitas, tendo em vista indicações que serão feitas em outras regiões, como detalha a coordenadora Estadual "Negócios e Mercados" da Emater, Mary Stela Bischof.
O selo, com a nomenclatura
‘Arte’, deve identificar os produtos artesanais em todo o país. A norma é
proposta pela Lei 13.680 de junho de 2018. Pelo instrumento legal fica
permitida a comercialização interestadual de produtos alimentícios produzidos de
forma artesanal, com características e métodos tradicionais ou regionais
próprios, empregadas boas práticas agropecuárias e de fabricação, desde que
submetidos à fiscalização de órgãos de saúde pública dos Estados.
Por tal motivo, segundo a
tecnóloga em alimentos da Cooperativa de Trabalho e Assistência Técnica do
Paraná - Biolabore, Débora Guerino Boico, foi feita a oficina com produtores e
setores técnicos.
A união, discussão e
aprofundamentos nas questões relacionadas à produção artesanal é importante,
tendo em vista a participação, na oficina, de técnicos e produtores, conforme o
sanitarista e consultor Alfredo Benatto.
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