PF deflagra segunda fase de Operação de repressão aos crimes de abuso infanto-juvenil no Paraná e Goiás
- 05/07/2024
Continuação das investigações da Operação Coruja das Torres
possibilitou identificar quem produzia os registros da vítima, sua própria mãe.
Policiais federais deflagraram, na manhã desta sexta-feira
(05/07), a segunda fase da operação Coruja das Torres, que visa reprimir crimes
de abuso sexual infanto-juvenil praticados por um alvo já identificado e preso
na fase anterior, além de uma mãe, em Goiás, apontada como produtora de imagens
íntimas da própria filha de 9 anos.
A primeira fase da operação, deflagrada em maio deste ano,
cumpriu um mandado na cidade de Foz do Iguaçu, sendo inclusive preso o
investigado em flagrante, diante da localização, pelos policias federais, de
imagens de abuso em aparelhos de uso do investigado. Ademais, a investigação
comprovou sua atuação, desde 2016, no compartilhamento de imagens por meio da
internet.
Durante a continuidade das investigações, com apoio de todo
o material arrecadado na primeira fase da operação, os policiais conseguiram
identificar a fonte dos registros íntimos de uma das vítimas. Na análise do
material, foi possível descobrir que o preso, que já se encontrava em liberdade
provisória após decisão da Justiça, tinha contato com uma mulher, do interior
do estado de Goiás, mãe de duas crianças, para produção de fotos íntimas da
própria filha.
Em uma das conversas, o preso orientava a mãe a como
produzir registros íntimos de sua filha de 9 anos. As investigações comprovaram
que a mãe não só produziu como enviou diversos registros de sua filha, menor de
idade.
Com a constatação do crime e a situação de vulnerabilidade
da vítima, a PF, de forma urgente e prioritária, representou ao juízo para
expedição de mandados de busca e apreensão e de prisão preventiva em desfavor
dos envolvidos. A 5º Vara Federal em Foz do Iguaçu expediu os mandados que
foram cumpridos, nesta manhã, por 15 policiais federais em Foz do Iguaçu e no
interior de Goiás, com apoio da Polícia Civil e do Conselho Tutelar, para o
resgate das filhas da investigada, visando sua integral proteção e preservando
a mesma contra situações de abuso.
A pena para a mãe, presa, que produziu e compartilhou as
imagens da filha podem chegar a 14 anos de prisão, respondendo pelo previsto
nos artigos 240 e 241-A do Estatuto da Criança e do Adolescente.
Já o investigado, além de tais delitos, tendo atuado como
autor intelectual para a produção das imagens, ainda responderá pelos diversos
compartilhamentos de imagens que realizou ao longo de anos, diante do previsto
no artigo 241-A do ECA, além do artigo 241-B do ECA, devido ao compartilhamento
das imagens de abuso. As penas somadas para seus crimes podem ultrapassar 30
anos de prisão.
A PF ressalta que qualquer informação sobre esse tipo de
crime pode ser denunciado através do nosso canal de denúncias, com garantia de
sigilo e anonimato.
Assessoria
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