Senado aprova novas regras para o seguro privado no país
- 19/06/2024
O Senado aprovou nesta terça-feira (18) o Marco Regulatório
dos Seguros Privados. O PLC 29/2017 consolida e atualiza normas para o mercado
de seguro privado no país, incluindo serviços como seguros de veículos e
seguros de vida.
A proposta altera dispositivos do Código Civil para regular
o mercado de seguros privados, abrangendo todas as negociações que envolvam
consumidores, corretores, seguradoras e órgãos reguladores do setor. Trata
ainda de princípios, regras, carências, prazos, prescrição, normas específicas
para seguro individual ou coletivo e outros temas relacionados ao seguro
privado.
O texto proíbe a extinção unilateral do contrato pela
seguradora. O projeto também torna exclusiva a aplicação da lei brasileira à
regência de todos os contratos firmados por seguradora autorizada a operar no
Brasil, mesmo que a seguradora esteja fora do país.
O projeto prevê a elaboração de um questionário para avaliar
os riscos no momento da contratação do seguro. Dessa forma, a seguradora só
poderá alegar que houve omissão por parte do segurado caso ele tenha deixado de
dar alguma informação, desde que tenha sido questionado.
Durante a votação, os senadores aprovaram um destaque para
destinar os prêmios não resgatados pelos beneficiários ao Fundo Nacional para
Calamidades Públicas, Proteção e Defesa Civil (Funcap).
Por ter sofrido mudanças no Senado, a matéria retorna para a
Câmara dos Deputados.
Outras propostas
O PL 380/2023, que inclui nas diretrizes da política urbana
a adoção de medidas que permitam a adaptação das cidades às mudanças
climáticas, também foi aprovado hoje. O objetivo é prevenir desastres
ocasionados por enchentes e deslizamentos de encostas sobre regiões habitadas,
desabastecimento de água e destruição de infraestrutura.
O projeto garante prioridade de adaptação às áreas que se
encontram em situação de vulnerabilidade e determina que sejam feitos estudos
de risco climático. Pessoas negras e de periferia deverão ser privilegiadas nas
ações propostas por esses estudos. Com alterações no Senado, a proposta volta à
Câmara dos Deputados.
Os senadores também aprovaram o PL 2.000/2022, que
estabelece a idade máxima dos veículos destinados à formação de condutores. Os
critérios serão: oito anos para veículos da categoria A (motocicletas,
motonetas, triciclos e ciclomotores) 12 anos para veículos da categoria B
(automóveis de até 8 lugares) e 20 anos para veículos das categorias C, D e E
(automóveis de transporte de carga e de passageiros).
EBC | Foto Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil
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