Sobe para 107 o número de mortos após enchentes que atingem o RS
- 09/05/2024
O mais recente boletim da Defesa Civil do Rio Grande do Sul
traz que subiu para 107 o número de mortos em razão dos temporais que atingem o
estado. A atualização desta quinta-feira (9) aponta que há um óbito sendo
investigado. O estado registra 136 desaparecidos e 374 feridos.
Mortes confirmadas: 107
Bento Gonçalves (6)
Boa Vista do Sul (2)
Bom Princípio (1)
Canela (2)
Canoas (4)
Capela de Santana (1)
Capitão (2)
Caxias do Sul (5)
Cruzeiro do Sul (8)
Encantado (2)
Esteio (1)
Farroupilha (1)
General Câmara (1)
Forquetinha (2)
Gramado (7)
Itaara (1)
Lajeado (5)
Montenegro (1)
Pantano Grande (1)
Paverama (2)
Pinhal Grande (1)
Porto Alegre (4)
Putinga (1)
Roca Sales (2)
Salvador do Sul (2)
Santa Cruz do Sul (2)
Santa Maria (6)
São João do Polêsine (1)
São Leopoldo (3)
São Vendelino (2)
Segredo (1)
Serafina Corrêa (2)
Silveira Martins (1)
Sinimbu (1)
Sobradinho (1)
Taquara (2)
Três Coroas (3)
Vale do Sol (1)
Venâncio Aires (3)
Vera Cruz (1)
Veranópolis (5)
Há 232,6 mil pessoas fora de casa. Desse total, são 67.563
em abrigos e 165.112 desalojados (pessoas que estão nas casas de familiares ou
amigos).
Veja o que é #FATO ou #FAKE
O RS tem 428 dos seus 497 municípios com algum relato de
problema relacionado ao temporal, com 1.482.006 milhão de pessoas afetadas.
As cidades do Sul do RS já registram transtornos devido às
chuvas. Em Pelotas, na Praia do Laranjal, moradores estão em alerta para
deixarem as áreas de risco. Segundo a prefeitura do município, 400 pessoas
estão em abrigos. As aulas em escolas municipais foram suspensas até a próxima
sexta-feira (10).
Em Rio Grande, na Lagoa dos Patos, mais de 200 pessoas estão
fora de casa. Ao todo, são 223 desalojados e 49 em abrigos. Jaguarão e São
Lourenço do Sul também já sofrem os impactos das chuvas.
Porto Alegre voltou a registrar chuva e vento na tarde desta
quarta-feira (8). A Defesa Civil do Rio Grande do Sul emitiu um alerta de chuva
forte e vento acima dos 90 km/h para grande parte do estado. Além disso, há
possibilidade de descargas elétricas e queda de granizo.
Em Canoas, 11 bairros foram evacuados por determinação da
prefeitura da cidade por causa das enchentes. Mais de 50 mil pessoas vivem em
áreas de risco no município e 15 mil foram levadas para um dos 55 abrigos
abertos no município. Um cavalo ficou ilhado em cima do telhado de uma casa.
Estradas
As polícias rodoviárias Federal e do RS somam 139 trechos de
estradas bloqueados, parcial ou totalmente. São 54 pontos em rodovias federais
e 85 pontos em rodovias estaduais.
Porto Alegre está sem conexões com o interior do estado
pelas rodovias BR-290 (Sul, Centro e Fronteira Oeste do RS), BR-116 (Vale do
Sinos e Serra), BR-448 (Vale do Sinos) e BR-386 (Região dos Vales e Norte). Os
únicos acessos possíveis são pela rodovias ERS-040 e ERS-118.
O Comando Rodoviário da Brigada Militar (CRBM) divulgou um
mapa com cada trecho bloqueado.
A CCR ViaSul suspendeu a cobrança da tarifa em todas as
praças de pedágio nas rodovias BR-101 (Três Cachoeiras), BR-290/Freeway (Santo
Antônio da Patrulha e Gravataí) e BR-386 (Montenegro, Paverama, Fontoura Xavier
e Victor Graeff). Ainda assim, é necessário parar para registrar a isenção.
Energia
O estado registra, pelo menos, 459 mil pontos sem luz. Na
área de concessão da CEEE Equatorial, são 205,5 mil imóveis sem energia (11,4%
do total de clientes). Já na região atendida pela RGE Sul, são 253,5 mil
imóveis afetados (8,3% do total de clientes).
Água
A Corsan, que fornece água para 6,5 milhões de pessoas em
317 municípios, soma 523,3 mil imóveis sem abastecimento (18% do total de
pontos).
Em Porto Alegre, o Departamento Municipal de Água e Esgoto
(DMAE) afirma que duas das seis estações de tratamento de água estão fora de
operação. O órgão não informou estimativas de quantas pessoas são afetadas.
Telefonia e internet
A operadora Tim afirma que há 18 municípios sem serviços de
telefonia e internet. A cobertura da Vivo está prejudicada em 35 cidades. Na
Claro, são 6 municípios sem sinal.
As operadoras liberaram pacotes de internet grátis para
clientes no Rio Grande do Sul para permitir que a comunicação seja mantida em
meio aos temporais que atingem o estado.
Nível dos rios
Lago Guaíba (Porto Alegre): 4,95 metros
Rio dos Sinos (São Leopoldo): 6,74 metros
Rio Gravataí (Passo das Canoas): 6,09 metros
Rio Taquari (Muçum): 5,55 metros
Rio Caí (Feliz): 3,01 metros
Rio Uruguai (Uruguaiana): 10,78 metros (nível de inundação
8,50 metros)
Lagoa dos Patos (Laranjal): 2,15 metros (nível de inundação
1,50 metro)
Escolas
O estado soma 952 escolas afetadas pelos temporais em 236
municípios, afetando 331,2 mil estudantes. Do total de colégios, 425 foram
danificados pela chuva e pelas cheias e 77 servem de abrigos
Rede estadual
As aulas na rede estadual já foram retomadas nas seguintes
regiões: Uruguaiana, Osório, Erechim, Rio Grande, Palmeira das Missões, Três
Passos, São Luiz Gonzaga, São Borja, Ijuí, Caxias do Sul, Pelotas, Santa Cruz
do Sul, Passo Fundo, Santa Maria, Cruz Alta, Bagé, Santo Ângelo, Bento
Gonçalves, Santa Rosa, Santana do Livramento, Vacaria, Soledade e Carazinho.
Ainda não há previsão de retomada nas regiões:Porto Alegre,
São Leopoldo, Estrela, Guaíba, Cachoeira do Sul, Canoas e Gravataí.
Alguns municípios da região de Pelotas e de Rio Grande não
terão aulas na quinta (9) devido à situação dos dois municípios.
Rede municipal
Em Porto Alegre, as aulas estão suspensas até sexta-feira
(10).
Rede privada
O sindicato que representa as escolas particulares recomenda
que instituições da Região Metropolitana e de outras localidades afetadas pela
chuva suspendam as aulas até sábado (11).
Universidades
A Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e a
Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS) suspenderam todas
as atividades acadêmicas presenciais e não presenciais até 18 maio.
A Universidade Federal do Rio Grande (FURG), a Universidade
de Santa Cruz do Sul (Unisc) e a UniRitter cancelaram as atividades acadêmicas
presenciais até sexta-feira (10).
A Unisinos, a Universidade Federal de Pelotas (UFPel), a
Universidade Católica de Pelotas (UCPel), a Feevale, a Universidade Federal do
Pampa (Unipampa), a Universidade LaSalle e a Universidade Estadual do Rio
Grande do Sul (UERGS) decidiram por suspender as atividades acadêmicas até
sábado (11).
As aulas da Universidade de Caxias do Sul (USC) seguem
on-line síncronas também até o dia 11 deste mês. A definição serve para o
Campus-Sede e os campi da UCS na região.
Aeroporto
A Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear) informou
que o Aeroporto Salgado Filho, em Porto Alegre, está fechado por tempo
indeterminado, com todas as operações suspensas. Imagens mostram alagamentos em
áreas de espera, de circulação de passageiros e até de pouso de aviões.
Passageiros que já tinham viagens aéreas marcadas com origem
ou destino em Porto Alegre podem solicitar compensação às companhias aéreas.
Rodoviária
A Estação Rodoviária também está fechada, por causa de
alagamentos, e as viagens estão suspensas.
Combustíveis
Segundo o sindicato que representa os postos de gasolina de
Porto Alegre e região, não há previsão de desabastecimento de combustíveis.
Ceasa
A Ceasa de Porto Alegre alagou, mas não há risco de
desabastecimento de legumes, verduras e frutas nos mercados. A unidade retomou
suas atividades no Centro de Distribuição das Farmácias São João, em Gravataí,
onde vai operar temporariamente.
Barragens
Barragens de água para usinas hidrelétricas sofreram
impactos em diversos pontos do estado.
Nível de Emergência (risco de ruptura iminente, exigindo
providências para preservar vidas):
UHE 14 de Julho, em Cotiporã e Bento Gonçalves
PCH Salto Forqueta, em São José do Herval e Putinga
Barragem de São Miguel, em Bento Gonçalves
Barragem Saturnino de Brito, em São Martinho da Serra
Barragem do Arroio Barracão, em Bento Gonçalves
Nível de Alerta (anomalias representam risco à segurança da
barragem):
Barragem Capané, em Cachoeira do Sul
Nível de Atenção (anomalias não comprometem a segurança da
barragem no curto prazo):
UHE Dona Francisca, em Nova Palma
UHE Castro Alves, em Nova Roma do Sul/Nova Pádua
UHE Monte Claro, em Bento Gonçalves/Veranópolis
UHE Bugres - Barragem Divisa, em Canela
UHE Bugres - Barragem do Blang, em Canela
UHE Canastra, em Canela
PCH Furnas do Segredo, em Jaguari
Barragem do Saibro, em Viamão
Barragem B2 - Assentamento PE Jânio Guedes, em São Jerônimo
Barragem A - Assentamento PE Tupy, em Taquari
Barragem Filhos de Sepé, em Viamão
Barragem do Assentamento PE Belo Monte, em Eldorado do Sul
Situação de emergência
O governo decretou estado de calamidade, situação que foi
reconhecida pelo governo federal. Com isso, o estado fica apto a solicitar
recursos federais para ações de defesa civil, como assistência humanitária,
reconstrução de infraestruturas e restabelecimento de serviços essenciais.
A Defesa Civil colocou a maior parte das bacias
hidrográficas do estado com risco de elevação das águas acima da cota de
inundação.
Causas dos temporais
Os meteorologistas afirmam que os temporais que ocorrem no
Rio Grande do Sul são reflexo de, ao menos, três fenômenos que ocorrem na
região, agravados pelas mudanças climáticas. Nas próximas 24 horas, há previsão
de mais chuva.
A tragédia no estado está associada a correntes intensas de
vento, a um corredor de umidade vindo da Amazônia, aumentando a força da chuva,
e a um bloqueio atmosférico, devido às ondas de calor.
G1 |
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