Governadores discutem renegociação de dívidas com presidente do Senado
- 16/04/2024
Governadores de cinco estados se reuniram, nesta
segunda-feira (15), com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, para discutir
o refinanciamento das dívidas estaduais.
Estiveram presentes na residência oficial do Senado os
governadores de Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo, Rio Grande do Sul e
Goiás.
Para o governador de Goiás, Ronaldo Caiado, é preciso uma
renegociação justa com a União.
“Os estados estão engessados devido a essas correções das
dívidas que chegam a níveis estratosféricos, não restando nada para que os
governos invistam em poder atender as necessidades de crescimento. O que nós
estamos pedindo são indexadores justos e uma renegociação para que haja também
uma flexibilização no teto de investimentos para que não sejamos engessados na
maneira como estão vivendo hoje a maioria dos estados”, disse o governador.
Caiado destacou que a proposta é que as dívidas sejam
corrigidas pela inflação medida pelo IPCA mais 1%.
Outro pedido dos estados é que ativos dos governos possam
ser usados para abatimento de dívidas, como a federalização de estatais
estaduais, por exemplo.
O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, vem mediando as
demandas dos estados com as propostas do governo federal.
"Nós pretendemos, ainda no mês de abril, devidamente
alinhado com o ministro Fernando Haddad e sua equipe, e com o governo federal,
iniciar o processo legislativo, com uma lei complementar que englobe todas
essas alternativas e estabeleça um programa real e sustentável para pagamento
efetivo dessas dívidas", adiantou o presidente do Senado.
No final de março, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad,
apresentou uma proposta de redução das dívidas dos estados vinculadas a
contrapartidas de ampliação do ensino técnico estadual.
Segundo o Ministério da Fazendo, as dívidas dos estados
chegam hoje a R$ 740 bilhões, sendo que quase 90% desse valor são de débitos de
São Paulo, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e Minas Gerais.
EBC | Foto: Valter Camargo/Agência Brasil
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