Pressão de venda aumenta e preços do milho caem; veja cotações
- 15/04/2024
O mercado brasileiro de milho registrou alterações de preços
ao longo da última semana.
Segundo a Safras Consultoria, a maior pressão de venda
contribuiu para que os preços recuassem em alguns estados brasileiros, como
Goiás, Mato Grosso e São Paulo.
Já em outros houve estabilidade nas cotações e até mesmo
altas, como no Rio Grande do Sul e no Paraná.
Ainda que os preços tenham caído em alguns estados, o
consumidor seguiu cauteloso nas intenções de compra, esperando um recuo ainda
maior nas cotações.
O andamento da colheita da safra de verão prossegue e isso
vai contribuindo para pressionar as cotações do cereal.
Também houve o retorno das chuvas em regiões produtoras de
milho safrinha que vinham apresentando um quadro de estresse hídrico, o que
deve contribuir para um melhor desenvolvimento das lavouras.
Além disso, analistas da Safras acrescentam que a
participação do Brasil nas exportações de milho segue muito fraca até agora no
ano, pois o cereal argentino se mostra mais competitivo.
No cenário internacional, o mercado estava na expectativa
para a divulgação do relatório de oferta e demanda de abril do Departamento de
Agricultura dos Estados Unidos. Houve um corte nos estoques finais de passagem
para a safra dos Estados Unidos e mundial, muito embora em níveis inferiores
aos previstos pelo mercado, o que ainda contribui para um cenário de ampla
oferta para o cereal, mantendo a Bolsa de Chicago pressionada.
Os estoques finais de passagem da safra 2023/24 dos Estados
Unidos foram estimados em 2,122 bilhões de bushels, contra os 2,172 bilhões
apontados no mês passado e acima dos 2,105 bilhões de bushels esperados pelo
mercado. As exportações em 2023/24 foram indicadas em 2,1 bilhões de bushels,
sem mudanças em relação a março. O uso de milho para a produção de etanol foi
elevado de 5,375 bilhões de bushels para 5,4 bilhões de bushels.
A safra global 2023/24 foi projetada em 1.227,86 milhão de
toneladas, abaixo das 1.230,24 milhão de toneladas indicadas em março. O USDA
estimou estoques finais da safra mundial 2023/24 em 318,28 milhões de
toneladas, abaixo das 319,63 milhões de toneladas indicadas no mês passado, mas
acima das 317 milhões de toneladas previstas pelo mercado.
A safra dos Estados Unidos em 2023/24 foi indicada em 389,69
milhões de toneladas, sem alterações em relação a março. A estimativa de safra
brasileira é de 124 milhões de toneladas em 2023/24, sem mudanças, enquanto o
mercado indicava uma produção de 122,1 milhões de toneladas. A produção da
Argentina deve atingir 55 milhões de toneladas, contra as 56 milhões de
toneladas indicadas em março. O mercado projetava uma safra de 55,3 milhões de
toneladas.
A Ucrânia teve sua projeção de safra mantida em 29,5 milhões
de toneladas na temporada 2023/24. A África do Sul teve a safra cortada de 15,5
milhões de toneladas para 14 milhões de toneladas. A China, por sua vez, teve a
estimativa de produção para 2023/24 mantida em 288,84 milhões de toneladas.
Preços internos
O valor médio da saca de milho no Brasil foi cotado a R$
56,82 em 11 de abril, representando uma queda de 0,81% em comparação com os R$
57,28 registrados na semana anterior. No mercado disponível ao produtor, o
preço do milho em Cascavel, Paraná, subiu 1,72%, de R$ 58,00 para R$ 59,00. Em
Campinas/CIF, a cotação caiu 0,79%, de R$ 63,00 para R$ 62,50. Na região da
Mogiana paulista, o cereal foi cotado a R$ 58,00, sem alterações frente à
semana passada.
Em Rondonópolis, Mato Grosso, a cotação da saca retrocedeu
2,22%, de R$ 45,00 para R$ 44,00. Em Erechim, Rio Grande do Sul, o preço
aumentou 1,69%, de R$ 59,00 para R$ 60,00 na venda.
Em Uberlândia, Minas Gerais, o preço na venda seguiu em R$
55,00 a saca. E em Rio Verde, Goiás, o preço retrocedeu 3,64%, de R$ 55,00 para
R$ 53,00 na venda.
Exportações
As exportações de milho do Brasil geraram uma receita de US$
9,586 milhões em abril (5 dias úteis), com uma média diária de US$ 1,917
milhão. A quantidade total de milho exportada pelo país ficou em 28,644 mil
toneladas, com uma média de 5,729 mil toneladas. O preço médio da tonelada
ficou em US$ 334,70.
Em relação a abril de 2023, houve uma queda de 76,4% no
valor médio diário da exportação, uma queda de 78,1% na quantidade média diária
exportada e uma valorização de 7,5% no preço médio.
Canal Rural | Foto: Embrapa/Semeali Sementes
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