Projeto prevê ensino remoto a estudantes gestantes, lactentes e adotantes
- 01/02/2024
Gestantes, lactantes e adotantes de crianças de até seis
meses de idade poderão ter oferta de ensino remoto. É o que prevê o PL
4.531/2023, de iniciativa do senador Styvenson Valentim (Podemos-RN). A
Comissão de Direitos Humanos (CDH) ainda designará o relator para o texto. Após
análise na CDH a matéria será encaminhada à Comissão de Educação (CE), onde
poderá ter decisão final se não houver pedido para ser analisada pelo Plenário.
A proposta altera a Lei 6.202, de 1975 em vigor, que atribui
a estudantes em estado de gestação o regime de exercícios domiciliares para
incluir a previsão de acesso ao ensino remoto quando houver essa possibilidade
prevista no respectivo sistema ou instituição de ensino.
O projeto estabelece que a partir do oitavo mês de gestação
e durante pelo menos três meses após a data do parto, a estudante gestante terá
acesso à oferta de ensino remoto. Ela será garantida também para as estudantes
lactentes até os seis meses de idade da criança.
A estudante adotante de crianças de até seis meses
terá acesso a essas modalidades de ensino, desde que faça um requerimento
acompanhado do termo de adoção. O período previsto poderá ser prorrogado para
permitir a amamentação, mediante um requerimento solicitado pela própria
estudante com as devidas justificativas.
O senador Styvenson destaca que são “muitos os desafios para
as mulheres que se tornam mães enquanto realizam seus estudos”.
“Os três meses de exercícios domiciliares previstos na
legislação não são apenas incompatíveis com o período de licença-maternidade
assegurado às trabalhadoras, mas também insuficientes para cobrir o período de
aleitamento materno exclusivo preconizado pela Organização Mundial de Saúde
(OMS)”.
O parlamentar também faz sugestão para que a garantia seja
estendida até que a criança complete seis meses, "para cobrir o período
mínimo recomendado pelas autoridades de saúde para a amamentação". Ele
explica na justificação do projeto que como " a fase de amamentação pode
ser mais longa, prevemos que esse período possa ser prorrogado por requerimento
da própria estudante, acompanhado da devida motivação”.
Ele também assegura a possibilidade do ensino remoto às
estudantes que adotem bebês pequenos, pois “uma vez que a amamentação, como
explica a Sociedade Brasileira de Pediatria, vai muito além da passagem do
leite para a criança, constituindo-se em uma ocasião de interação especial
entre mãe e filho. Nesse sentido, existem várias possibilidades e estratégias
para promover a lactação e mesmo a amamentação em mulheres que adotam um
bebê.”
Com Inf: Agência Senado | Foto: Marcos Oliveira/Agência
Senado
Ficou sabendo de algo? Envie sua notícia no WhatsApp Xeretando (45)99824-7874
0 Comentários