AGU defende fim de pena menor para militares acusados de estupro
- 25/01/2024
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a Advocacia-Geral
da União (AGU) defenderam nesta quarta-feira (24) no Supremo Tribunal Federal
(STF) a ação que pretende derrubar a regra do Código Penal Militar que fixou
pena menor para crimes de estupro de vulnerável com resultado lesão corporal
grave.
O caso chegou ao Supremo por meio de uma ação protocolada
pela Procuradoria-Geral da República (PGR). O órgão contesta trecho da Lei
14.688/2023, norma que previu pena de 8 a 15 anos para militares que cometerem
o crime. A mesma conduta é punida pelo Código Penal com reprimenda de 10 a 20
anos de prisão.
Para a AGU, a norma é inconstitucional por permitir que um
civil seja condenado a uma pena maior que um militar.
"Não é possível imaginar uma pena mais branda aos
militares que comentam crime militar de estupro de vulnerável com resultado
lesão grave ou gravíssima, em cotejo à mesma reprimenda prevista na legislação
penal comum, especialmente porque, no caso do crime militar, além de se levar
em conta a proteção da dignidade sexual como bem jurídico tutelado, há que se
salvaguardar os pilares básicos das instituições militares, quais sejam, a
hierarquia e a disciplina", argumentou a AGU.
A ação será julgada no Supremo pela ministra Cármen Lúcia.
Não prazo definido para o julgamento.
Com Inf: EBC | Foto: Rafa Neddermeyer/Agência Brasil
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