Governador anuncia R$ 1 bilhão para fortalecer a saúde no Paraná
- 07/12/2023
O governador Carlos Massa Ratinho Junior anunciou nesta
quarta-feira (6) o repasse de cerca de R$ 1 bilhão para fortalecer o
atendimento de saúde no Paraná. O anúncio foi feito durante o evento Saúde em
Movimento, promovido pela Secretaria estadual da Saúde (Sesa) em Foz do Iguaçu,
na região Oeste. O evento reúne cerca de 2,2 mil pessoas, entre prefeitos,
secretários municipais, representantes do Ministério da Saúde e profissionais
da área.
Os recursos incluem a compra de ambulâncias, veículos e
equipamentos para os municípios, além de obras e construção de unidades de
saúde; repasses de custeio aos municípios para a Média e Alta Complexidade
(MAC); a modernização dos hospitais universitários do Estado; custeio extra do
teto de especialidades; convênios com hospitais filantrópicos; incremento de
assistência ao parto e nascimento e a ampliação dos pontos de atenção da Linha
de Cuidado em Saúde Mental.
O Governo do Estado também vai antecipar os pagamentos
referentes aos meses de novembro e dezembro, que geralmente são feitos três
meses depois, dos serviços prestados por mais de mil entidades hospitalares e
ambulatoriais do Paraná, com o repasse R$ 208 milhões. A medida atende 166
hospitais e 849 ambulatórios do Estado.
“Já tínhamos feitos repasses consideráveis para a saúde do
Paraná ao longo do ano, e este novo recurso, que soma R$ 1 bilhão, vem em um
momento importante, para garantir os atendimentos de saúde no final do ano em
todo o Estado”, afirmou Ratinho Junior. “Estamos reforçando os caixas dos
municípios e dos hospitais, que precisam fazer o pagamento do 13º, estão
realizando um volume expressivo de cirurgias. É um reforço para que a saúde
possa estar mais perto das pessoas”.
O governador destacou que é uma área que necessita de
investimentos constantes. “Na saúde não tem missão cumprida. É necessário
investir sempre, modernizar, introduzir tecnologia e estrutura para o
atendimento da população”, disse. “E o mais importante é investir nos
profissionais dessa área, porque nada substitui o atendimento humano na ponta,
um bom serviço de saúde depende da confiança que os pacientes têm nos
profissionais”.
Hospitais que fazem o atendimento de Média e Alta
Complexidade também terão adiantamento na recomposição do teto financeiro,
recebendo R$ 63 milhões. Além disso, o Ministério da Saúde vai destinar ainda
R$ 300 milhões ao Paraná para a recomposição do teto financeiro da oncologia.
“O Governo do Estado fecha o ano com recursos volumosos para
os municípios e os hospitais parceiros, para auxiliar no caixa e garantir o
atendimento de qualidade. É uma série de incentivos, com recursos próprios e
apoio da Assembleia Legislativa, para reforçar a saúde do Paraná”, afirmou o
secretário estadual da Saúde, Beto Preto. “Temos também um recurso importante
do Ministério da Saúde para recompor o teto financeiro de oncologia do Paraná,
o maior repasse na área e que foi negociado ao longo do ano”.
MUNICÍPIOS – Do total anunciado, R$ 260 milhões são de
emendas dos parlamentares estaduais, por meio do programa Paraná Mais Cidades,
uma parceria entre o Governo do Estado e a Assembleia Legislativa do Paraná
para a distribuição de recursos para os municípios.
Em parceria com a Sesa, os recursos vão possibilitar a
compra de ambulâncias, equipamentos, carros, vans, ônibus e investimentos em
obras em unidades de saúde.
Outros R$ 160 milhões são para custeio do teto financeiro de
Média e Alta Complexidade. O valor, formalizado pela Resolução Sesa nº
1.648/23, será dividido per capita entre os 399 municípios e garante o
financiamento de serviços especializados na média e alta complexidade.
O governo também repassou R$ 20 milhões do Tesouro do Estado
para auxiliar com os gastos de saúde dos municípios que decretaram situação de
emergência ou estado de calamidade pública, em razão das fortes chuvas que
atingiram o Estado nos últimos meses.
“São investimentos que vão chegar diretamente à nossa
população. Uma das nossas solicitações era que o dinheiro pudesse ser fundo a
fundo, injetado diretamente aos municípios para pagar exames, consultas,
medicamentos e até a folha de pagamento. É algo essencial para este fim de ano
e que atende também as instituições hospitalares”, destacou o prefeito de
Marilândia do Sul, Aquiles Takeda, que preside a Associação dos Consórcios e
Associações Intermunicipais de Saúde do Paraná.
HOSPITAIS – Os quatro hospitais universitários do Paraná
(Londrina, Maringá, Cascavel e Ponta Grossa) vão receber, cada um, R$ 10
milhões do programa PRO HU, voltado à modernização do parque tecnológico dessas
unidades.
A Sesa também investirá R$ 40 milhões de custeio extrateto
nos serviços de oncologia, ortopedia, cardiologia e neurologia de hospitais
parceiros, conforme prevê a Resolução Sesa nº 1.649/23.
Ainda dentro desse anúncio, o governo destinará R$ 25
milhões para convênios com hospitais filantrópicos, R$ 20 milhões para o
incremento da assistência ao parto e nascimento, visando diminuir a mortalidade
materno-infantil, e R$ 15 milhões para aumentar os pontos de atenção da Linha
de Cuidado em Saúde Mental.
Esses recursos garantem a qualificação e melhoria nos
atendimentos, além de fortalecer a estratégia de regionalização da saúde,
aproximando os serviços da casa dos paranaenses.
PACTO – Além dos investimentos, o Estado formalizou, ainda,
o Pacto para Redução da Mortalidade Materna e Infantil, com a adesão de 17
instituições, que assumem o compromisso de reduzir em 10% os indicadores de
mortalidade materno-infantil no Paraná até 2027, com o estabelecimento de dez
ações prioritárias.
O pacto reúne diversos órgãos e instituições paranaenses com
o objetivo de reduzir em 10% os indicadores de mortalidade materno-infantil até
2027, conforme o plano plurianual da Sesa.
As ações incluem utilização de protocolos clínicos e
cadernetas de saúde; ampliação do acesso e qualidade nos serviços de pré-natal
e de acompanhamento pós-parto; ampliação das coberturas vacinais em mulheres,
gestantes, recém-nascidos e crianças; investimentos em equipamentos para todas
as salas de parto e nascimento; implantação do Centro de Simulação Realística
da Sesa e ampliação das capacitações de profissionais.
O pacto também prevê a ampliação do acesso aos Direitos de
Planejamento Sexual e Reprodutivo; qualificação e ampliação da vigilância sobre
o óbito materno, infantil e fetal; promoção do modelo de microrregionalização
na Atenção Hospitalar da Linha de Cuidado Materno Infantil; ampliação da
certificação Iniciativa Hospital Amigo da Crianca (IHAC) e da Mulher nos
hospitais, além da garantia do controle social das ações propostas no
documento.
Aderiram à iniciativa as secretarias de Estado da Saúde; da
Mulher, Igualdade Racial e Pessoa Idosa; a Assembleia Legislativa do Paraná; a
Procuradoria-Geral de Justiça; a Defensoria Pública do Paraná; o Comitê
Estadual de Prevenção da Mortalidade Materna, Infantil e Fetal; a Associação
dos Municípios do Paraná; a Associação dos Consórcios e Associações
Intermunicipais de Saúde do Paraná; o Conselho de Secretarias Municipais de
Saúde do Paraná; o Conselho Estadual de Saúde do Paraná; a Federação de Hospitais
e Estabelecimento de Serviços de Saúde no Estado do Paraná; a Federação de
Santas Casas de Misericórdia e Hospitais Beneficentes do Estado do Paraná; o
Conselho Estadual de Direitos da Mulher do Paraná; o Conselho Regional de
Medicina do Paraná; a Sociedade de Obstetrícia e Ginecologia do Paraná; a
Associação Brasileira de Enfermagem; e a Associação Brasileira de Obstetrizes e
Enfermeiros Obstetras do Paraná.
Com Inf: AEN | Foto: Jonathan Campos/AEN
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