STF: relator vota por manter Zambelli ré em caso de arma de fogo
- 17/11/2023
O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF),
votou nesta sexta-feira (17) por negar um recurso da deputada Carla Zambelli
(PL-SP) e manter a parlamentar como ré no processo sobre a perseguição, com
arma de fogo em punho, a um homem nas ruas de São Paulo.
O caso aconteceu em outubro do ano passado, pouco antes do
primeiro turno das eleições. A deputada foi denunciada pela Procuradoria-Geral
da República (PGR) pelos crimes de porte ilegal de arma de fogo e
constrangimento ilegal com emprego de arma de fogo.
Em agosto, a maioria dos ministros do Supremo aceitou
denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) contra a parlamentar. A
defesa recorreu, insistindo, entre outros pontos, que a parlamentar, à época
dos fatos, possuía autorização para o porte de arma de fogo, o que
descaracterizaria o porte ilegal.
Mendes rebateu o argumento, afirmando que a “decisão de
admissão da denúncia explicitou compreensão conforme a qual a existência do
porte, nas circunstâncias fáticas narradas pela inicial, pode não afastar a
existência do delito”.
A defesa também voltou a alegar não ter havido o crime de
constrangimento ilegal, uma vez que a deputada teria somente se defendido após
ser ameaçada, segundo os advogados. Mendes também rejeitou esse ponto do
recurso, frisando que os detalhes do caso serão melhor esclarecidos com a
continuidade das investigações.
O recurso de Zambelli é julgado pela Segunda Turma do
Supremo no plenário virtual, em que os ministros têm um período para votar de
forma remota. Até o momento, o relator, Gilmar Mendes, foi o único a votar. A
sessão de julgamento dura até as 23h59 de 24 de novembro.
Com Inf: EBC |Foto: Fabio
Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil
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