Bolsonaro afirma que irá propor mudanças no sistema eleitoral em 2019
- 09/12/2018
O presidente eleito Jair Bolsonaro afirmou neste sábado (8)
que pretende levar ao Congresso uma proposta de mudança no sistema de votação
no Brasil já no primeiro semestre de 2019. A fala aconteceu em participação de
Bolsonaro, por teleconferência, na Cúpula Conservadora das Américas, evento
organizado por seu filho, Eduardo Bolsonaro, em Foz do Iguaçu (PR).
Segundo ele, o número de votos que recebeu nas eleições
deste ano deveria ter sido maior. “Nós pretendemos votar no primeiro semestre
uma boa proposta de sistema de votação no Brasil. Porque eu e muitos entendem
que nós conseguimos a vitória porque tínhamos muitos, mas muitos mais votos do
que eles”, disse.
Bolsonaro afirmou que o intuito é aperfeiçoar o processo de
voto. “Entendemos o apoio e a preocupação do Tribunal Superior Eleitoral, que
dizia que não tem com o que se preocupar. Na verdade nós temos que nos
preocupar”, afirmou.
O presidente eleito não detalhou quais mudanças no sistema
eleitoral pretende propor ao Congresso.
Preocupação antiga
Não é a primeira vez que Jair Bolsonaro fala sobre supostas
fraudes no sistema eleitoral brasileiro. Durante a campanha, em entrevista ao
apresentador José Luiz Datena, o então candidato chegou a afirmar que não
aceitaria “resultado diferente da minha eleição”.
“Não confiamos em nada no Brasil. Até concurso da Mega-Sena
a gente desconfia de fraude. Estou desconfiando de alguns profissionais dentro
do TSE”, disse Bolsonaro à época. Na ocasião, ele estava no hospital, se
recuperando da agressão que havia sofrido durante comício na cidade de Juiz de
Fora (MG).
Dias antes, na primeira transmissão ao vivo do hospital,
Bolsonaro afirmou que a possibilidade de perder a eleição "na fraude"
para o candidato do PT, Fernando Haddad, era "concreta". "O PT
descobriu o caminho para o poder, o voto eletrônico", afirmou Bolsonaro.
Como deputado, ele foi autor de uma lei aprovada pelo
Congresso que prevê a impressão de um comprovante do voto para eventual
conferência pela Justiça Eleitoral. A proposta foi derrubada neste ano pelo
próprio Supremo Tribunal Federal (STF), sob alegação de que a medida colocaria
em risco o sigilo do voto.
G1
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