Bolsonaro diz que ex-assessor tinha dívida com ele e pagou à primeira-dama
- 08/12/2018
O presidente eleito, Jair
Bolsonaro (PSL), justificou que o cheque de R$ 24 mil pago pelo ex-assessor
Fabrício José de Queiroz à futura primeiradama, Michelle Bolsonaro, era
referente a uma dívida pessoal do político. O depósito foi apontado como
"transações atípicas" pelo Coaf (Conselho de Controle de Atividades
Financeiras) e anexado a uma investigação do
Ministério Público Federal, na Lava Jato
"Emprestei dinheiro para ele
em outras oportunidades. Nessa última agora, ele estava com um problema
financeiro e uma dívida que ele tinha comigo se acumulou. Não foram R$ 24 mil,
foram R$ 40 mil. Se o Coaf quiser retroagir um pouquinho mais, vai achar os R$
40 mil", disse em entrevista ao site O Antagonista, nesta sexta-feira (7).
A notícia sobre a investigação
foi publicada em primeira mão pelo jornal O Estado de São Paulo na quinta-feira
(6) e o presidente ainda não havia se pronunciado sobre o caso. Bolsonaro disse
que os pagamentos foram feitos por meio de dez cheques de R$ 4 mil. "Eu
podia ter botado na minha conta. Foi para a conta da minha esposa, porque eu
não tenho tempo de sair. Essa é a história, nada além disso. Não quero esconder
nada, não é nossa intenção", acrescentou.
O futuro presidente disse também
que cortou o contato com o amigo até que ele se explique ao Ministério Público.
A relação dos dois começou em 1984, na Brigada Paraquedista. Queiroz era
soldado, entrou para a Polícia e abandonou a carreira no Exército. O
ex-assessor, que também é policial militar da reserva, trabalhou junto ao deputado
estadual e senador eleito pelo Rio Flávio Bolsonaro (PSL), filhos mais velho de
Jair Bolsonaro.
De acordo com o relatório da
Coaf, divulgado pelo Estadão, Queiroz movimentou R$ 1,2 milhão entre janeiro de
2016 e janeiro de 2017. A comunicação do Coaf, não comprova irregularidades,
mas indica que os valores movimentados são incompatíveis com o patrimônio e
atividade econômica do ex-assessor.
Na tarde desta sexta-feira, o
futuro ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni (DEM), pediu 'trégua à imprensa',
mas abandonou entrevista após ser questionado sobre o caso Coaf envolvendo a
mulher de Bolsonaro.
Bem Paraná com informações do Uol
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