Governo antecipará R$ 10 bi para compensar perda de ICMS
- 13/09/2023
O ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha,
informou nesta terça-feira (12) que o governo federal irá antecipar R$ 10
bilhões a estados e municípios para compensar a perda com o Imposto sobre a
Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS).
O valor estava previsto para ser repassado em 2024, mas será
pago ainda este ano.
De acordo com o ministro, o presidente Luiz Inácio Lula da
Silva autorizou incluir a antecipação no Projeto de Lei Complementar (PLP)
136/23, que trata das perdas de ICMS e está em tramitação na Câmara dos
Deputados.
“Isso significa uma compensação de R$ 2,5 bilhões a mais
para os municípios brasileiros. [O presidente Lula] nos autorizou a incluir
isso hoje no PLP, que já teve aprovada a urgência na semana passada, e o
relatório vai ser apresentado pelo deputado Zeca Dirceu [PT-PR e relator do
projeto]”, afirmou Padilha.
Outra medida acertada com o presidente Lula é a inclusão no
projeto de uma compensação aos municípios pela queda, de julho a setembro, nos
repasses do Fundo de Participação dos Municípios (FPM). Desta forma, as
prefeituras irão receber um adicional de R$ 2,3 bilhões.
“Vai ter uma parcela extra do governo federal que compensa
essa queda dos últimos três meses, garantindo também que os municípios tenham o
FPM compensado, ajudando os municípios a tocar suas ações da saúde, habitação.”
A expectativa do governo, conforme Padilha, é que o PLP
136/23 seja aprovado nesta quarta-feira (13) na Câmara dos Deputados e, em
seguida, no Senado. Assim que aprovado, o governo iniciará os repasses aos
estados, municípios e Distrito Federal.
Perda de ICMS
A compensação das perdas com o ICMS, imposto administrado
pelos estados, ocorre por causa de leis complementares adotadas no ano passado,
na gestão de Jair Bolsonaro, que limitaram as alíquotas sobre combustíveis, gás
natural, energia, telecomunicações e transporte coletivo, impactando na
arrecadação dos entes federativos.
O Projeto de Lei Complementar 136/23, enviado pelo
Executivo, prevê compensação total de R$ 27 bilhões em razão das mudanças nas
alíquotas, que será paga até 2026. O montante foi negociado entre o Ministério
da Fazenda e os governos estaduais, e homologado pelo Supremo Tribunal Federal
(STF) em junho.
Com Inf: EBC | Foto: Valter Campanato/Agência Brasil
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