Governo disponibilizará R$ 56 milhões para vítimas de ciclone no Sul
- 11/09/2023
O presidente da República em exercício Geraldo Alckmin
reuniu, neste sábado (9), no Palácio do Planalto, ministros e demais
integrantes do Comitê Permanente de Apoio ao Rio Grande do Sul, formado por dez
ministérios. O objetivo do encontro foi alinhar as ações do governo federal
para socorrer o estado afetado por um ciclone extratropical, na madrugada de
segunda-feira (4).
Na ocasião, o ministro do Desenvolvimento e Assistência
Social, Família e Combate à Fome anunciou que o governo disponibilizará cerca
de R$ 56 milhões de vários programas sociais da pasta às famílias afetadas pelo
desastre natural. Ele adiantou que dentro do montante, cada família de pequeno
agricultor afetada receberá como fomento rural de apoio o valor de R$ 4,6 mil
não reembolsáveis. Desta forma, o financiamento público concedido não deverá
ser devolvido ao governo federal.
“Da parte do ministério, nós vamos colocar cerca de R$ 56
milhões disponibilizados para vários programas, para esse do Auxílio
Abrigamento, mas, também, para o Programa de Aquisição de Alimentos, onde
compramos alimentos na própria região para repassar cestas de alimentos. Para o
fomento rural de apoio aos pequenos [agricultores] que perderam [suas lavouras]
vão receber também repasse que não é reembolsável, no valor de R$ 4,6 mil por
família.”
Desabrigados
O governo federal anunciou que pagará a prefeituras gaúchas
R$ 400 por pessoa desabrigada, a partir de segunda-feira (11). As
transferências serão feitas na modalidade fundo a fundo, quando os repasses de
recursos da União são feitos da esfera federal para fundos da esfera municipal.
O objetivo é que os municípios prestem assistência aos moradores afetados pelas
consequências do ciclone extratropical.
“O repasse é para que o município possa cuidar das despesas
que são geradas com o abrigamento dessas pessoas: alimentação, material de
higiene, o que for necessário para o atendimento. É feito uma primeira etapa de
50%, que é R$ 400”.
O valor que ser dobrado, chegando a R$ 800, caso a situação
de emergência se prolongue. A estimativa do governo federal é de que existam
cerca de 5 mil desabrigados na região.
Viagem
Durante o encontro no Palácio do Planalto, os ministros
planejaram a viagem que a comitiva, liderada pelo presidente Alckmin, fará
neste domingo (10) ao Rio Grande do Sul para visitar regiões castigadas pelas
fortes chuvas que atingiram o estado.
Participarão da comitiva os ministros da Defesa, José Múcio;
da Saúde, Nísia Trindade; da Integração e do Desenvolvimento Regional, Waldez
Góes; do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Paulo Teixeira; da
Secretaria de Comunicação da Presidência da República, Paulo Pimenta; do
Desenvolvimento e Assistência Social, Wellington Dias; e do Meio Ambiente e
Mudança do Clima, Marina Silva, além de representantes de outros ministérios e
órgãos federais.
Segundo o ministro-chefe da Secom, os representantes do
governo federal vão se encontrar com o governador gaúcho, Eduardo Leite, e
autoridades locais. Juntos, a partir de Canoas, eles visitarão os municípios de
Lajeado, Roca Salles e Muçum – os mais afetados pelo ciclone.
Em seguida, está agendada uma reunião com autoridades locais
no prédio da Universidade do Vale do Taquari (Univates), como detalhou o
ministro Paulo Pimenta: “vamos poder detalhar um conjunto de iniciativas que,
algumas já estão em execução, outras serão ampliadas, mas todas elas serão
construídas com o governo do estado, com as prefeituras e com as comunidades
atingidas”.
“Nosso governo é o que governa para todos, mas,
especialmente, com um olhar especial para aqueles que mais precisam, no momento
da dificuldade. E assim tem sido desde o início, o governo presente.”
Além de atualizar as ações já tomadas pelo governo federal
desde o início da semana, o ministro Waldez Góes afirmou que o presidente em
exercício, Geraldo Alckmin, fará anúncios de valores mais específicos para
apoiar a população e as prefeituras gaúchas impactadas:
“Depois de quatro reuniões que nós fizemos, todos os
levantamentos já estão precificados – o que já foi investido, o que será
investido, o que está sendo disponibilizado [...] e ele [Geraldo Alckmin] deve
tomar a decisão de anunciar os valores já investidos e que estão sendo
disponibilizados nas mais diferentes políticas públicas. Não só em termos de
defesa civil, que tem muita resposta, mas até política também de prevenção.”
Situação no estado
De acordo com o balanço da Defesa Civil do Rio Grande do
Sul, divulgado às 18h deste sábado, o estado contabiliza 41 mortes, e 46
pessoas seguem desaparecidas. São 88 municípios em estado de calamidade
pública, onde residem 150.341 pessoas afetadas. Ao todo, estão registrados, até
o momento, 3.193 desabrigados e 8.282 desalojados.
Com Inf: EBC | Foto: Cadu Gomes/VPR
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