Lula, Dilma, Palocci, Mantega e Vaccari se tornam réus na Justiça Federal
- 24/11/2018
A Justiça Federal do Distrito
Federal recebeu, nesta sexta-feira (23), uma denúncia do Ministério Público
Federal contra os ex-presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff,
pelo crime de organização criminosa. Além deles, passam a ser réus os
ex-ministros da Fazenda Antonio Palocci e Guido Mantega, e o ex-tesoureiro do
PT João Vaccari Neto.
O caso, que é conhecido como
Quadrilhão do PT, começou a tramitar no Supremo Tribunal Federal em 2017. Só
que foi enviado para a primeira instância depois dos acusados deixarem os
cargos e perderem o foro privilegiado.
Segundo a acusação, com base nas
provas documentais juntadas aos autos, os réus integravam uma organização
criminosa e, por meio de condutas ligadas ao exercício de mandatos, cometeram
diversos crimes contra a Administração Pública, além de lavagem de dinheiro
relacionadas com o Ministério de Minas e Energia, Petrobras, Construtoras
Odebrecht, Andrade Gutierrez, OAS e UTC, e J&F/BNDES.
De acordo com o MPF, de 2002 até
maio de 2016, Lula foi uma importante liderança, seja porque foi um dos
responsáveis pela constituição da organização e pelo desenho do sistema de
arrecadação de propina, seja porque, na qualidade de presidente da República
por oito anos, atuou diretamente na nomeação de cargos públicos, com o objetivo
de ter apoio político necessário junto ao PP e ao PMDB, para que seus
interesses e do seu grupo político fossem acolhidos no âmbito do Congresso
Nacional.
O cientista político Eduardo
Grinn afirma que, agora, o PT vai ter ainda mais dificuldades de se afastar das
acusações que envolvem problemas de corrupção.
“Para o Lula, em especial, isso
cria um cenário ainda muito mais difícil no que se diz respeito a um eventual
perdão da sua pena. Do ponto de vista político, vai evidenciando que o PT
seguirá tendo muita dificuldade de se afastar ou de associar-se das acusações
que envolvem problemas de corrupção e pode ser que tenha impacto, inclusive, na
relação que o PT vai ter com os demais partidos no Congresso, mas também pelo
desgaste político, já pensando nas eleições municipais de 2020.”
Os políticos foram acusados pelo
MPF de praticar uma quantidade grande e indeterminada de delitos, somando R$
1,4 bilhão em desvio de recursos dos cofres públicos.
Agência do Rádio
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