Reforma tributária deve ser votada ainda neste semestre na Câmara
- 22/05/2023
O presidente da Câmara dos Deputados, deputado Arthur Lira
(PP-AL), disse na sexta-feira (19) em reunião no Rio de Janeiro, com
governadores do Sul e Sudeste, que a proposta de reforma tributária vai ser
votada em plenário da Casa ainda neste semestre, logo após a votação do
arcabouço fiscal, previsto para a semana que vem.
“O desenvolvimento regional é uma necessidade clara e óbvia
para que a gente não tenha uma reforma tributária que aumente as desigualdades
econômicas e estruturais no país”, disse.
Lira acrescentou que “partindo desse princípio, a Câmara vem
cumprindo com transparência o seu papel, trazendo todos os interessados para o
debate para que as suas sugestões, opiniões, reclamações e tendências e
preocupações possam ser alcançadas no texto do relator e nós possamos fazer
essa alteração por uma segurança jurídica no nosso país por uma simplificação
nessa divisão”
Lira disse ainda que outra preocupação é com a divisão de
impostos mais justa do âmbito federativo. “Essas são discussões que nós vamos
travar na Câmara Federal logo após a votação do arcabouço fiscal já na próxima
semana”.
Encontro
Os governadores das regiões Sul e Sudeste estiveram
reunidos, no Palácio Guanabara, sede do governo estadual, para avaliar
propostas da reforma tributária que está em discussão na Câmara dos Deputados.
No encontro, não compareceram os governadores de São Paulo, Tarcísio de
Freitas, e de Minas Gerais, Romeu Zema.
O governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, abriu o
encontro do Consórcio de Integração do Sul e Sudeste (Cosud). A reunião foi
solicitada pelos deputados Agnaldo Ribeiro, relator da reforma tributária, e
Reginaldo Lopes, coordenador do grupo de trabalho da reforma.
Cláudio Castor disse que “somos favoráveis a ideia de uma
reforma na qual os estados podem colaborar. Fundamental para o Brasil, mas
também achamos que há posições onde os estados podem, sim, colaborar. Isso
porque cada decisão que for tomada lá em Brasília depois acaba mexendo no dia a
dia de quem está governando”.
O governador disse tem a perspectiva de continuar o diálogo
e o debate para aprofundar os termos da reforma.
Já o governador do Espírito Santo, Renato Casagrande,
lembrou que hoje os estados usam incentivos financeiros e tributários para
poder atrair empreendimentos em desenvolvimento para os seus estados. “Cada um
fez a sua política e a hora que você leva para o seu destino você tira esse
poder dos estados, naturalmente, e o Brasil tem que ter uma política de
desenvolvimento regional para que não haja uma concentração da riqueza em grandes
estados consumidores. Essa é a preocupação que nós manifestamos, porque há
muitas diferenças ainda nesse país. Então, conhecer o texto, receitas dos
estados em cada unidade da nossa federação, foi a nossa principal preocupação”.
Com Inf: EBC | Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil
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